Câmara Federal: novos pretendentes também chegam com volúpia

  Câmara Federal: novos pretendentes também chegam com volúpia

 GRUPO DE CASSOL PODE TROCAR DE ALIANÇA. BASTIDORES  FERVILHAM COM AS NEGOCIAÇÕES POLÍTICAS

A grande pergunta na corrida pelo Governo, é se acontecerá mesmo a coligação liderada pelo PSDB de Expedito Júnior com o grupo que tem a frente Ivo Cassol e Jaqueline Cassol, do PP, mais o grupo do deputado Luiz Cláudio, do PR. Até há poucos dias atrás, essa dúvida não existia. Mas então Cassol passou a exigir que uma das vagas ao Senado fosse destinada a Carlos Magno, seu companheiro de longa data e que seria o candidato a vice governador, caso Cassol disputasse o Governo em outubro.  A aliança de Expedito já estava alinhavada com uma vaga para o DEM (Marcos Rogério) e outra para o PRB (Pastor Edésio Fernandes). Também, nas últimas entrevistas, o ex governador e senador Cassol passou a fazer elogios ao seu companheiro de Senado, Valdir Raupp, o que poderia significar uma provável aproximação entre o MDB e o PP/PR, ao menos na disputa senatorial, mas que poderia ser estendida na corrida pelo Governo, numa coligação que teria Maurão de Carvalho à frente. Um segundo ponto também demonstra que pode estar mudando a situação. O PSDB, junto com o PSD e o DEM, além de outros partidos menores a eles aliados, realizam uma pré convenção no sábado pela manhã, em Ji-Paraná, que culminará com o lançamento da candidatura de Expedito Júnior ao Governo. Pouco depois, o PP anunciou encontro estadual em outra cidade da região central, Ouro Preto do Oeste, para anunciar Carlos Magno como seu nome ao Senado. Ou seja, os até há pouco muito próximos para fechar um Frentão, vão estar em locais diferentes, no mesmo dia. Claro que é de estranhar! Oficialmente, ao menos por enquanto, ninguém falou nada sobre o assunto. Mas ele anda fervilhando nos bastidores da política.

Para esquentar ainda mais a situação, ouve-se também que nos últimos dias, Maurão de Carvalho e Jaqueline Cassol teriam tido pelo menos dois encontros, com o tema principal, obviamente, voltado para outubro. Tudo isso não está confirmado oficialmente, mas se houver acordo mesmo entre os dois grupos, ficará ainda mais distante a possibilidade do ex governador Confúcio Moura conseguir uma das duas vagas ao Senado. Uma delas ficaria com Raupp e a outra iria, caso o acordo fosse fechado, para Carlos Magno. Que se repita: não há nada fechado ainda, em definitivo. Mas que as conversas andam acontecendo de hora em hora, entre todos os envolvidos, estão sim! Não se pode apostar em nada, definitivamente, mas, pelo que se ouviu nos últimos dois dias, a aliança entre Cassol e Expedito, que era sólida, pode estar se desfazendo. E um acordo do MDB e de  Maurão com o grupo cassolista, estaria  em curso. Por enquanto, nenhum dos lados abre o jogo ou bate o martelo. Há ainda pelo menos 13 dias, até as convenções de 5 de agosto, para  que se saiba exatamente quem vai com quem e quem vai contra quem...

GUERRA POR OITO VAGAS

Na eleição de outubro, entre tantas disputas acirradas, a que levará apenas oito pretendentes para a Câmara Federal deve ser daquelas de arrepiar. A bancada federal atual é composta por nomes de muito destaque na política estadual, mas os novos pretendentes também chegam com volúpia e querendo tomar o lugar de quem está lá. Hoje, Rondônia é representada por Mariana Carvalho, Marinha Raupp, Lúcio Mosquini, Luiz Cláudio da Agricultura, Lindomar Garçon, Nilton Capixaba, Expedito Neto e Marcos Rogério. Desses, Marcos deve ir ao Senado e Capixaba está com condenação em segundo grau, o que pode tirá-lo da disputa. Além de pelo menos duas dezenas de pretendes de partidos menores, com poucas chances de chegarem lá, há alguns nomes muito fortes, entre os querem derrubar os que vão à reeleição. Neste time, destacam-se pelo menos três nomes muito fortes, na política estadual: Mauro Nazif, Léo Moraes e Jaqueline Cassol. Ainda pode-se somar, neste contexto, duas vereadoras da Capital que disputam vagas à Câmara: Joelna Holder e Cristiane Lopes. Pode-se acrescentar, nessa relação, a  vereadora Sílvia Cristina, do PDT de Ji-Paraná, a mais votada na cidade. E ainda pode surgir mais alguma surpresa por aí...

ABANDONO E SUJEIRA NO ESPAÇO

O número de protestos aumenta todos os dias. São dezenas de porto velhenses, senão centenas, denunciando o abandono do Espaço Alternativo, recém entregue à população, mas já hoje tomado por vendedores ambulantes, pela sujeira deixada pelos frequentadores das madrugadas; por corridas de carro; pela droga que rola solta. É incrível como um lindo espaço como aquele, construído depois de tanto tempo de espera, depois de tantos gastos, tenha se transformado num local onde marginais tomam conta nas noites e ambulantes se adonam de todos os espaços, inclusive impedindo, em alguns trechos, o ir e vir dos frequentadores. A Prefeitura alega que o Governo do Estado ainda não  lhe passou a área, oficialmente. Ora, mais uma vez questiúnculas burocráticas causam graves prejuízos à população. É um documento que falta? Que o governador Daniel Pereira dê 24 horas para sua assessoria enviar o tal documento de entrega da área ao município. E que o prefeito Hildon Chaves dê outras 24 horas para que sua equipe tome conta do local e cuide dele. Pronto! Pra que tanta burocracia, tanta palhaçada, tanto lava mãos? Porto Velho é mesmo uma cidade azarada, já que nada por aqui dá certo? Ou são suas autoridades que são incompetentes mesmo?

A ALTA VELOCIDADE NA DUQUE

Há uma inversão de valores na questão do trânsito na rua Duque de Caxias, recém transformada pela Prefeitura da Capital. Ouve-se reclamações sem fim de que o número de acidentes ali é muito alto; que falta sinalização; que falta orientação aos motoristas; que os agentes de trânsito deveriam estar mais presentes. Em parte, os críticos têm razão mesmo. Principalmente quando reclamam que a Prefeitura não impediu o estacionamento de veículos, nos dois lados da Duque, em todas as esquinas. Ou seja, o motorista que vai atravessá-la tem que ir quase até o meio da pista para poder enxergar se vem ou não algum carro. Até um débil mental, que tenha um mínimo  conhecimento de trânsito, que tenha dirigido um carro alguma vez na vida, sabe que sem coibir o estacionamento nas esquinas, não há como ter visão do trânsito em avenidas movimentadas. Mas aqui em Porto Velho, tudo pode e a Semtran é incompetente para sinalizar e proibir esse tipo de ação. Afora isso, todo o resto que está acontecendo na Duque de Caxias e suas transversais é culpa dos motoristas irresponsáveis, burros; que não respeitam a sinalização e, pior que tudo, andam em alta velocidade, incompatível com uma rua de área urbana. A Semtran tem sua culpa sim, mas na maioria dos casos, é o próprio motorista o causar dos acidentes graves que acontecem por ali.

CRIMES VIOLENTOS SÓ AUMENTAM

Em janeiro e fevereiro, foram 72. Em março e abril, outros 60. Em maio, 34. Os números de junho ainda não fecharam. Mesmo assim, a polícia já tem dados que apontam um aumento de quase 20 por cento no número de assassinatos em Rondônia, sobre os primeiros seis meses do ano passado. A violência crescente atinge todo o país. No nosso vizinho Acre, por exemplo, uma guerra de gangues matou perto de 20 pessoas em um mês. Pior mesmo foi a situação do Amazonas, que em um único mês (maio, segundo dados oficiais), registrou nada menos do que 353 crimes violentos, num índice de 4,20 assassinatos por 100 mil habitantes, quatro vezes, por exemplo, dos números do Canadá. Em Rondônia, a média tem sido de menos de 2 assassinatos por 100 mil habitantes, considerado um percentual baixo, nos números frios. Mas, no contexto da perda de vidas, não há como mensurar a violência que nos domina. Em todo o país, já foram 21 assassinatos apenas até maio. Falta de ações de segurança pública é uma das causas importantes, mas a principal delas é a impunidade, que brinda o crime através de leis pífias e parceira da bandidagem. Enquanto isso não mudar, não haverá programa de segurança que tenha resultados práticos. Tolerância zero para o crime e penas duríssimas aos assassinos ajudariam. Mas, lamentavelmente, isso está longe de acontecer, com a classe política que temos.

 REFUGIADOS DE UM REGIME DE TERROR

Hoje eles já são mais de 60 mil, apenas entre os que procuraram a Polícia Federal, para tentar regularizar sua situação no país. Mas os números reais sobre o total de venezuelanos que fogem da ditadura de Nícolas Maduro, da fome, da hiperinflação e do terror comunista, aumenta todos os dias. São centenas entrando em nossas fronteiras, todos os dias. Desesperados, famintos, alguns doentes e trazendo para cá doenças como o sarampo, que já não o tínhamos há quase duas décadas, chegam ao Brasil com a esperança de recomeçarem suas vidas. Milhares deles vêm sozinhos, esperando começar a ganhar algum dinheiro, ter alguma chance, abrir alguma brecha, para poderem trazer também seus familiares, que continuam sob o tacão de Maduro e seus terrores. No total, desde 2017 e até agora, mais de 128 mil venezuelanos passaram pelo nosso país. A metade teria ido para outros países vizinhos e a outra permanece aqui, querendo escapar de uma das maiores tragédias sociais da América Latina, nas últimas décadas. Os refugiados continuam chegando todos os dias. São cerca de 800 diariamente. A maioria ainda se concentra na região norte, entrando principalmente por Roraima. Eles desistiram de viver num país dominado por uma ideologia destrutiva, onde não há alimentos e um quilo de arroz custa um salário mínimo Até quando a Venezuela será destruída por essa gente?

 O JOVEM BATALHADOR E SUA LIÇÃO DE VIDA

 Enquanto no Brasil há também histórias ainda não contadas de esforço, dedicação, algum heroísmo, fora daquelas em que o Estado é responsável por tudo e deve oferecer bolsa disso, bolsa daquilo, cotas e outros que tais, a internet trouxe a história incrível de um jovem obcecado pelo esforço, que se transformou num exemplo para o mundo todo. Para chegar na hora em seu primeiro dia no novo emprego, que havia conseguido após longo tempo desempregado, depois que seu carro quebrou, um jovem de 20 anos caminhou perto de 30 quilômetros, a noite toda e chegou à porta da empresa na hora de começar a trabalhar. Um policial o encontrou na noite e, tocado por sua história, o levou nos últimos quilômetros antes de chegar ao serviço. O patrão, que não o conhecia, ficou tão impressionado pelo exemplo de esforço do novo empregado, que o presenteou com um carro novo. A história explodiu nas redes sociais e o jovem Walter Carr se tornou um verdadeiro herói nacional, nos Estados Unidos, por tudo o que seu esforço pessoal representou. O exemplo de Walter, contando nas redes sociais, teve centenas de milhares de acessos, tanto no seu país como mundo afora. Walter é pobre, negro e não usufrui de cotas e nem de benefícios especiais. É apenas um jovem lutador.

PERGUNTINHA

 Com todas essas negociações de acordos e alianças para a eleição de outubro; com a situação mudando seguidamente, você já decidiu ao lado de quem estará ou ainda está cheio de dúvidas?

Autor / Fonte: Sérgio Pires

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