Os moradores do entorno do antigo prédio da delegacia de Polícia Civil na Estância Turística de Ouro Preto do Oeste estão sendo obrigados a conviver com a fedentina e os dejetos humanos e de esgoto, que durante as chuvas escorrem pela rua, de uma fossa sem tampa localizada na área pública pertencente à Casa de Detenção.

A caótica e insuportável situação já persiste há semanas e a Secretaria Estadual de Justiça de Rondônia (Sejus-RO), até o momento, nada fez para resolver o problema que vem incomodando os moradores. Para se ter uma ideia, além do mau cheiro, durante as chuvas os dejetos escorrem por cerca de 300 metros pela rua Padre Adolf Rohl até um igarapé.

Um dos locais, que preferiu manter o anonimato, disse que o mau cheiro é intolerável e que quando chove, a fossa, por não ser coberta, transborda e os dejetos se misturam com a enxurrada. “A fedentina é muito forte e já presenciei por várias vezes crianças brincando na enxurrada das águas da chuva misturada com os dejetos da fossa”, disse o morador.

Ele também acrescentou dizendo que várias reclamações já foram feitas até mesmo no Ministério Público Estadual (MP-RO). Porém, nenhuma providência foi tomada por parte da Sejus, que é responsável pela Casa de Detenção.

Nossa equipe de reportagem foi até o local na tarde desta sexta-feira (26) e constatou que, de fato, existe uma fossa descoberta, que se encontra cheia. Além dos dejetos expostos, havia sacos de lixo. Ao lado também foi averiguado um reservatório com a tampa de concreto semiaberta. Em ambos, não existe nenhum tipo de sinalização informando do perigo, ou obstáculos para evitar a aproximação de pessoas, principalmente de crianças.

Contatamos um dos funcionários da Casa de Detenção que, por receio de sofrer perseguição, optou por não se identificar. O agente penitenciário disse que a situação já teria sido informada à Sejus, em Porto Velho, e que aguardam a vinda de uma equipe para analisar o problema e tomar as devidas providências. Quanto ao prazo para sanar o problema, não soube responder.

Por telefone, o chefe da Vigilância Sanitária Municipal, Marçal Gomes de Sá, informou que já foi feito um relatório dos problemas causados pela fossa da Casa de Detenção e que já teria enviado à Promotoria de Justiça para que fossem tomadas as medidas cabíveis.

Autor / Fonte: Gazeta Central

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