Ações disparam e valor de mercado da Eletrobras sobe R$ 7 bi

Ações disparam e valor de mercado da Eletrobras sobe R$ 7 bi

Com a nova MP, o governo vai reduzir gastos com subsídios na conta de luz até 31 de dezembro de 2017 e ainda fazer mudanças no Programa Nacional de Desestatização (Wilton Junior/Estadão Conteúdo/Estadão Conteúdo)

O valor de mercado da Eletrobras subiu 7,279 bilhões de reais entre o fechamento do mercado ontem e o meio-dia desta terça-feira. Os cálculos foram feitos pela consultoria Economatica e consideram a cotação das ações ordinárias (com direito a voto) e preferenciais da companhia.

A Eletrobras encerrou o dia de ontem avaliada em 20,170 bilhões de reais, segundo a Economatica. O valor de mercado da companhia saltou para 27,450 bilhões ao meio-dia de hoje.

Esse número pode avançar ainda mais, já que as ações da estatal seguem trajetória crescente. Por volta das 13h20, os papéis ordinários subiam 47,89%, alcançando 21 reais. As ações preferenciais tinham alta de 35,05%, a 24,08 reais.

A valorização acontece logo após o Ministério de Minas e Energia (MME) anunciar que iria propor a privatização da estatal. De acordo com a pasta, a decisão foi tomada após profundo diagnóstico sobre o processo em curso de recuperação da empresa.

“Apesar de todo o esforço que vem sendo desenvolvido pela atual gestão, as dívidas e ônus do passado se avolumaram e exigem uma mudança de rota para não comprometer o futuro da empresa.”

Hoje, ao explicar a decisão, o ministro Fernando Coelho Filho citou as dificuldades que a Eletrobras vem enfrentando. “Quando assumimos, a empresa valia 9 bilhões de reais e agora vale 20 bilhões de reais. A empresa teve prejuízos acumulados nos últimos anos, mas tivemos lucro nos dois primeiros trimestres de 2017, o que mostra a melhora da governança na empresa”, completou.

A União detém 40,99% do capital total da Eletrobras. O porcentual que será colocado à venda ainda não foi definido. De acordo com o MME, o governo permanecerá como acionista da Eletrobras, recebendo dividendos ao longo do tempo. “A empresa passará a dar lucro e não prejuízo, o que beneficiará estados e municípios com o aumento na arrecadação de impostos.”

Autor / Fonte: Veja

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