Os voluntários do Conselho Antidrogas de Cerejeiras (CADCER) estão ansiosos para poder realizar um sonho: a construção da clínica de recuperação de dependentes químicos no município.

 

 

Como já foi noticiado por este site, os voluntários antidrogas da cidade ganharam um terreno rural da Prefeitura de Cerejeiras, que fica a cerca de dois quilômetros da área urbana do município. A pequena chácara tem aproximadamente quatro alqueires.

 

Nesta semana, o FOLHA DO SUL ON LINE visitou o terreno, que ainda está num matagal. A reportagem do site foi recebida pelos voluntários antidrogas, inclusive pelo líder deles, o sargento da Polícia Militar, Meuquizedes do Carmo, conhecido em Cerejeiras como Melky PM (foto, do meio, de chapéu).

 

 

Para a construção da clínica, uma emenda parlamentar de R$ 500 mil tinha sido indicada pelo deputado federal Nilton Capixaba (PTB). Antes dessa reportagem começar a ser redigida, o grupo de voluntários antidrogas de Cerejeiras recebeu a notícia de que o recurso havia sido empenhado em Brasília. O prefeito de Cerejeiras, Airton Gomes (PP), segundo afirmam os voluntários, também fez muito esforço para que esse dinheiro fosse garantido junto ao parlamentar federal rondoniense.

 

Além da verba púbica, a manutenção da clínica, uma vez construída, é uma das preocupações dos voluntários. Segundo o sargento Melky, a instituição será mantida com doações de voluntários, com convênios com o governo e com órgãos públicos, por meio de doações de familiares dos dependentes químicos em tratamento por através do trabalho dos internos que estiverem na clínica e em condições físicas e intelectuais de executar alguma atividade.

“Aqui vamos criar porco, galinha, tirar leite, ter uma roça, uma horta... Vamos desenvolver um trabalho de laborterapia, ou seja, a terapia por meio do trabalho do interno”, diz Melky PM.

 

Somente neste ano, o município de Cerejeiras já enviou para tratamento em outros municípios e até para outras regiões do país cerca de 140 dependentes químicos. “Agora, com essa clínica aqui, a Prefeitura vai poder economizar esses recursos para tratamento fora e manter os dependentes perto de suas famílias”, diz o sargento da PM, voluntário da causa.