Comércio ativo e postos com estoque mantêm abastecimentos

Comércio ativo e postos com estoque mantêm abastecimentos

O comércio e os postos de combustíveis de Guajará-Mirim (RO) não sofreram grandes impactos com a greve dos caminhoneiros, que acabou bloqueando rodovias em vários pontos do país nesta semana. Segundo a Associação Comercial do município, há falta de alguns produtos alimentícios, mas em quantidade mínima que não representa riscos de um desabastecimento total na região.

Não há grandes filas ou pânico. Dos cincos postos de combustíveis da cidade, três ainda têm estoque de gasolina, álcool e diesel. Um ainda tem baixo estoque de etanol e o outro está sem nada e não tem previsão de reabastecer o estoque.

O preço dos combustíveis não sofreu alterações, como em outras regiões do Brasil; o litro do diesel custa em média R$ 4, enquanto a gasolina está em R$ 4,50 e o etanol em R$ 3,98.

Preço dos combustíveis não sofreu alterações nos postos da cidade (Foto: Júnior Freitas / G1 RO )

Em entrevista ao G1 nesta sexta-feira (25), o atual presidente da Associação Comercial de Guajará-Mirim, Márcio Badra, falou sobre a situação dos protestos dos caminhoneiros e afirmou que o município está em uma situação mais tranquila em relação a outras cidades do estado.

"Há falta de combustíveis em alguns locais e também de produtos alimentícios, mas em baixa quantidade. Nosso comércio está abastecido até por conta da greve de exportação na área de fronteira, nossos estoques estão cheios porque não estamos exportando mercadorias nos últimos dias", explicou.

Em relação a falta de alimentos, Márcio acredita que a situação poderá ser resolvida em poucos dias após o desbloqueio das rodovias e que o órgão não vê a necessidade de racionamento no comércio.

"Faltar totalmente não vai (os produtos). Pelo que foi divulgado a nível nacional, ambos (Governo e caminhoneiros) vão chegar a uma razoabilidade e torcemos que o tráfego nos pontos fechados seja reaberto. Depois que reabrir, combustível chega em até 24 horas, já os demais produtos em dois ou três dias a situação se resolve", declarou.

A Polícia Militar (PM) e o Corpo de Bombeiros informaram que as viaturas estão abastecidas e o serviço não foi afetado até este momento. De acordo com a Prefeitura, as ambulâncias do Hospital Regional Perpétuo Socorro também estão abastecidas e um pedido de reserva foi enviado para um dos postos, caso haja uma emergência.

Ambulância guajará-mirim (Foto: Júnior Freitas/ G1)

Contrabando de combustíveis

Muitos motoristas e motociclistas recorreram ao comércio ilegal para manterem os veículos abastecidos, através da gasolina contrabandeada da Bolívia, que é vendida livremente nas ruas, sem nenhuma fiscalização ou repressão.

O G1 flagrou vários abastecimentos feitos no Bairro Triângulo, onde os contrabandidas atuam. O combustível boliviano é vendido abaixo do valor de mercado, o que acaba formando uma clientela fiel a esta prática, mesmo sabendo que a compra e venda do produto é crime.

Esporadicamente as autoridades fazem apreensões do combustível contrabandeado e prendem bolivianos envolvidos no caso, porém o esquema sempre volta à ativa.

Fluxo turístico

A greve dos caminhoneiros e também a suspensão das exportações para a Bolívia não afetou o fluxo turístico no Rio Mamoré. A travessia de turistas e passageiros acontece normalmente para a cidade boliviana de Guayaramerín, localizada a mais de 330 quilômetros de Porto Velho.

Fluxo de turistas não foi afetado no Rio Mamoré (Foto: Júnior Freitas/G1)

De acordo com a Associação Comercial, pelo menos 60% dos produtos que os bolivianos compram no comércio local são de produtos alimentícios. Roupas e eletrodomésticos também são mercadorias bastante adquiridas pelos compradores do país vizinho.

Autor / Fonte: Assessoria/Prefeitura

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