Deputado que votou contra Temer demonstra falta de compromisso com Rondônia

Prefeitura

Dizem que a Prefeitura de Porto Velho está sendo chamada de “República de Rolim de Moura” devido à contratação de muitos servidores comissionados que outrora residiam na Zona da Mata e no Vale do Guaporé. Ainda bem que o município paga em dia, mas se assim não fosse o pessoal poderia até mesmo recorrer ao ex-senador Expedito Júnior (PSDB), que pertence ao mesmo partido do prefeito.

Prestativo

Expedito já demonstrou no passado que estaria disposto a ajudar a resolver problemas, com o intuito de colaborar com os menos favorecidos. Isso aconteceu, por exemplo, no extinto jornal “Folha de Rondônia”, do qual o ex-senador não fazia parte do quadro societário. Mas o informativo era provavelmente de um amigo dele, já que o político fez até mesmo uma reunião com os funcionários.

Salário

Devido aos constantes atrasos de salário, os funcionários da “Folha de Rondônia” anunciaram que fariam uma greve. Em uma reunião com a turma, Expedito disse que daria uma “catracada” no proprietário. Ele não proferiu exatamente a palavra entre aspas, mas nessa nota ficará assim mesmo, porque o termo usado é impublicável. O ex-senador garantiu que, se o pagamento não fosse efetuado na semana seguinte, iria à empresa usando saias.

Não saiu

Chegou a semana seguinte, os salários não foram pagos e o ex-senador não foi à “Folha de Rondônia” usando a vestimenta feminina. Contrariados, os funcionários pegaram figurinhas de Santo Expedito, o santo das causas urgentes, colaram saias na imagem e as distribuíram. O jornalista Roberto Gutierrez, proprietário do site de notícias folhaderondonianews é uma das minhas testemunhas nesse episódio. O político, que certamente só queria ajudar, foi mal compreendido.

Lisura

O acontecimento demonstra a lisura de Expedito, que mesmo não sendo proprietário do extinto jornal, se preocupou com os funcionários. Se eu tivesse nascido nos arredores de Rolim de Moura e fosse comissionado da Prefeitura de Porto Velho, nas horas vagas trabalharia para o ex-senador, se ele se candidatasse a alguma coisa. Faria isso somente pelo passado dele e pelo histórico de preocupação com trabalhadores.

Estúpidos

Facebook e grupos de WhatsApp são terra de gente estúpida. As antas acreditam em conversa de espertalhões, de que não se deve votar em deputado federal que se posicionou contra o processo de Michel Temer. É o contrário. Deputado que votou contra demonstra falta de compromisso com Rondônia, porque estava claro que o presidente não iria cair.

Explico

É fácil de entender. Política é a arte de negociar. Quem votou a favor de Temer teve suas emendas parlamentares liberadas e trouxe dinheiro para Rondônia. Isso sim é compromisso com um Estado que não tem condições de sobreviver sem o governo federal. Quem votou contra o presidente jogou para a galera, garganteando besteiras e deixando de trazer recursos para a população.

Responsáveis

Qualquer político, com o mínimo de responsabilidade com a população, vendo que o presidente não seria afastado, votaria a favor dele, contanto que suas emendas fossem liberadas. Há eleitores antas, mas isso não se aplica a deputado federal. Há espertalhões entre eles sim, os que não trazem recursos e ainda ficam tripudiando sobre os que trabalharam, enganando os quadrúpedes que têm título de eleitor. Eu mesmo não gosto do Temer, mas se mandato tivesse, pensaria primeiro em Rondônia.

Bancada

Por falar em deputados, o coordenador da bancada federal é Lindomar Garçon (PRB-RO). Ele é uma espécie de fantasma, que nem comparece às audiências de autoridades de Rondônia com ministros. Garçon não consegue coordenar nem uma trupe de vereadores de Candeias do Jamari, onde aliados deles vivem metendo os pés pelas mãos, quanto mais uma bancada federal.

Autor / Fonte: Nilton Salina

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