Editorial – Corrupção às escondidas em Rondônia favorece o mais do mesmo nas próximas eleições

Editorial – Corrupção às escondidas em Rondônia favorece o mais do mesmo nas próximas eleições

Porto Velho, RO – Sem discutir profunda reforma política – que não seja Mandrake – e muito menos preocupada em voltar atenção a temas sociais importantes enquanto a República passa pela maior instabilidade de toda a sua História, a classe política ganha tempo e recupera fôlego diante dos escândalos regionais de corrupção.

Com os holofotes populares e midiáticos voltados a Temer (PMDB) e sua turba, esta a servir de sustentáculo à imoralidade institucional, políticos cujos nomes foram lançados diretamente ao olho do furacão da Operação Lava Jato, por exemplo, respiram aliviados por enquanto.


Não é a única operação que os preocupa, claro; lado outro, enquanto passam despercebidos pela opinião pública, ganham tempo para arregimentar pessoas, fortalecer grupos e aprumar candidaturas pensando lá em 2018.

Em Rondônia não é diferente. Há, por aqui, situações escandalosas a circular com força pelos bastidores. As informações são consistentes, encontram harmonia entre um depoimento e outro, mas ainda carecem das provas cabais que, definitivamente, colocariam ponto final às carreiras de muito cacique engravatado.

Em legislaturas passadas, a nebulosa transação para as instalações das Usinas do Madeira é só um pequeno arquétipo do que está por vir, porém, desde já, escancara sórdidas investidas contra o Estado e seus contribuintes.

Isso porque, além dos estabelecimentos de Jirau e Santo Antônio e os consequentes prejuízos ambientais e financeiros incalculáveis, ainda há a obtusa concessão de isenção do imposto ICMS destinada aos empreendimentos. Privilégio concedido com aval do governador Confúcio Moura (PMDB), reitere-se.


Os sussurros das coxias no Legislativo indicam até mesmo recebimento de propina “por caridade”, nova modalidade de corrupção inaugurada por agente público que, pressionado e sem coragem de dizer não, teria aceitado dinheiro sujo e o repassado à entidade religiosa e filantrópica.

O silêncio social diante dessas atrocidades perpetradas principalmente por figurinhas carimbadas a se perpetuar indiscriminadamente no Poder favorece cenário de mesmice a partir de 2019.

Com a faca e o queijo em mãos, o povo opta por ignorar fatos e mantém postura insurgente apenas na Internet, através das redes sociais, vociferando contra banalidades enquanto é extorquido pela nata do colarinho branco. Logo, continuará refém de suas próprias (péssimas) escolhas.

Autor / Fonte: Rondoniadinamica

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