Editorial – Dr. Hildon começa a enfrentar focos maiores de resistência
— Publicada em 13 de maio de 2017 às 09:59
Site da Prefeitura de Porto Velho amanheceu com esta mensagem neste sábado (13)
Porto Velho, RO – A última notícia controversa envolvendo o nome do atual prefeito de Porto Velho Dr. Hildon de Lima Chaves (PSDB) diz respeito a dois vídeos publicados em redes sociais e difundidos por órgãos de imprensa de Rondônia onde o gestor aparece batendo boca com a vereadora Ellis Regina (PCdoB) diante de servidores da ora denominada Subsecretaria Municipal de Serviços Básicos (Semusb).
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Esses embates envolvendo o funcionalismo público da Capital vêm rendendo a Chaves, desde a deflagração do episódio da extinção [assunto ainda em debate] dos quinquênios – considerado por muitos uma ‘rasteira’ impetrada pela gestão – o enfrentamento a pequenos focos de resistência não apresentados outrora.
É preciso salientar que, caso a manobra tenha sido fruto de tramoia, intento leviano enxertado maliciosamente à apreciação dos vereadores, ainda que de terceiros sem o consentimento direto do prefeito, a vereança também tem sua parcela de responsabilidade: tanto pelo posicionamento favorável à demanda apresentada pelo tucanato quanto pela negligência ao proferir voto de qualquer espécie sem saber o que se está avalizando.
Mais recentemente, precisamente na última quinta-feira, Dr. Hildon foi obrigado a ‘tocar na ferida’ novamente e, ao contrário do que poderia se esperar, não arrefeceu e abriu o verbo diante dos trabalhadores expondo a vereadora à situação vexatória.
Para resumir a ópera, as informações dão conta de que houve uma espécie de ‘princípio de motim’ na subsecretaria mencionada. A revolta teria ocorrido porque os garis que participam do mutirão de limpeza tiveram acesso a uma lista dos profissionais que receberiam abono pelo trabalho extra.
Detectaram, então, vários nomes de pessoas que não estariam trabalhando e, mesmo assim, acabaram recebendo retroativos por serviços não prestados. Revoltados, os servidores se rebelaram e anunciaram que só iriam trabalhar se o secretário da pasta aparecesse para ouvi-los.
Aí entraram em cena o prefeito Hildon e a vereadora Ellis.
Nas imagens expostas acima, é perceptível o ranço entre os políticos diante do público. Num franco desentendimento, que desencadeou a postura ministerial do promotor aposentado, Chaves chegou a dizer que os servidores sequer receberiam a gratificação conhecida como quinquênio por conta da intervenção equivocada da comunista. Atordoado, gesticulando incessantemente e trazendo à tona a personalidade inquisidora que o acompanhou por mais de duas décadas na carreira construída dentro do Ministério Público de Rondônia (MP/RO), o tucano deixou claro à multidão quem é que manda e como as coisas devem ser daqui para frente.
Mais calmo, no segundo vídeo Hildon dialoga diplomaticamente com os serivodores e pede educamente a compreensão de todos os envolvidos.
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Procurada pelo jornal Rondônia Dinâmica, a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Porto Velho ignorou a solicitação da redação e preferiu silenciar sobre o assunto, enterrando-o. O site institucional do Poder Executivo Municipal também está fora do ar por conta de um “um grande ataque de hackers na Europa”. O mesmo ocorreu com Ellis, procurada através do número de telefone de seu gabinete: e nada de atender.
Lima tem descoberto aos poucos que, como político, tendo posições e se manifestando ao defendê-las seria impossível agradar a todos. E a prova disso são as manifestações na Internet, terreno que era dominado inclusive por sua militância – tanto partidária quanto a espontânea. Não haverá vida fácil ao agente público nos próximos anos.
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