Editorial – Em ano de eleição, políticos de Rondônia assumem identidade caricata

Editorial – Em ano de eleição, políticos de Rondônia assumem identidade caricata

Porto Velho, RO – O período eleitoral, oficialmente falando, ainda não chegou. Mas 2018 é ano de pleito e os políticos de Rondônia já lançam mão de quaisquer expedientes que possam, desde já, cativar pretentos eleitores.

Os pré-candidatos, como são designados antes de o jogo valer de verdade, estão, sim, em plena campanha; entretanto, são obrigados a fazê-la nas entrelinhas, digamos assim – e de forma quase subliminar.

Homens públicos como o governador Daniel Pereira (PSB), Confúcio Moura (MDB), Williames Pimentel (MDB), Jair Montes (PTC) e até o ex-diretor da Emdur Breno Mendes, por exemplo, assumiram identidades caricatas.

Confúcio e Daniel são considerados pessoas pacíficas, de trato fácil, verdadeiras canduras; logo, no caso deles, os perfis cartunescos surgem para referendar essas adjetivações e propagar ainda mais a imagem flaumática a pairar sobre a dupla.

Já Pimentel e Mendes destacam-se tanto pelos serviços prestados à Administração Pública quanto pelo temperamento explosivo.

Em relação a ambos, o fato de serem retratados em cartuns ajuda a dissolver parcialmente o caráter genioso de suas índoles.

O advogado Breno Mendes, o mesmo que se envolveu no episódio de violência verbal mútua com o agente da Secretaria Municipal de Trânsito, Mobilidade e Transportes (Semtran), surge em formato de desenho fazendo “coraçãozinho” com as mãos.

Não lembra nem de longe o ímpeto justiceiro que lhe tomou o senso ao chamar o servidor afastado de “zé mané”, “pilantra” e “vagabundo”, além de, claro, dar voz de prisão ao sujeito à ocasião – e aqui não se faz juízo de valor acerca da questão.

Ex-secretário de Sáude, o emedebista Pimentel é reconhecido pelo rigor em ambiente de trabalho e, não raras as vezes, era duríssimo nas ocasiões em que sentia a necessidade de admoestar subordinados.

Na lousa virtual, tornou-se bonzinho, risonho. Faz sinal de positivo e seu semblante ganhou contornos menos severos, mais empáticos.

No fim das contas, tanto faz: seja para repisar compreensões ou mesmo afastar visões sobre determinadas características negativas, eles assumiram a identidade cartunesca e já estão atentos, agindo conforme as reações de seus respectivos nichos.

Autor / Fonte: Rondoniadinamica

Comentários

Leia Também