Editorial – Em Rondônia, ministro Fux dá o tom das eleições e deixa Cassol e Gurgacz em maus lençóis

Editorial – Em Rondônia, ministro Fux dá o tom das eleições e deixa Cassol e Gurgacz em maus lençóis

Porto Velho, RO – A palestra proferida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux – também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – em evento promovido pelo Tribunal de Contas (TCE/RO) aqui mesmo no Estado de Rondônia deu o tom de como serão as eleições de 2018 e, consequentemente, norteou qual será o destino dos candidatos denominados fichas-sujas.

O magistrado arrancou aplausos da plateia ao declarar que, enquanto ele presidir o TSE, “candidato ficha-suja não será registrado”.

A declaração coloca pelo menos dois pré-candidatos ao Governo de Rondônia em maus lençóis, ambos senadores da República. São eles: Ivo Cassol, do PP, e Acir Gurgacz, do PDT, arquirrivais na vida pública, mas parceiros bem próximos quando o assunto são os problemas com a Justiça.

No final do ano passado, após toda a ladainha protelatória da marcha processual exclusiva usufruída – coincidentemente ou não – apenas por políticos e endinheirados pátrios, finalmente Cassol restou condenado a quatro anos de detenção e pagamento de multa; o ex-governador que quer ser governador de novo escapou, então, da prisão.

Gurgacz, por outro lado, fora sentenciado a quatro anos e seis meses de reclusão por crime contra o sistema financeiro nacional.

A decisão foi proferida pelo STF em fevereiro deste ano jogando um balde d’água torrencial e gelada na pequenina tulipa de chope do pedetista que, pouco a pouco, enchia-se à base de pequenas adesões e até mesmo por conta do panorama escasso e pouco palatável de opções à sucessão de Confúcio Moura (MDB).

Fux deixou claro, para desespero da dupla, que a Justiça Eleitoral será irredutível na aplicação da Lei da Ficha Limpa – se não estava claro o suficiente até aqui –, pilar, segundo ele, do processo político no Brasil. Nesse aspecto, asseverou que candidatos que não se adequarem ao previsto na lei estarão fora do jogo democrático.

Para Cassol, Gurgacz e outros tanto, a depender do posicionamento do presidente da Corte que definirá os seus futuros, o jogo acabou faz tempo, no passado.

Autor / Fonte: Rondoniadinamica

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