Editorial – Governo de Rondônia: candidaturas incertas e problemáticas empurram ainda mais quem já largou na frente

Porto Velho, RO – É inevitável para alguns pré-candidatos, principalmente ao Governo de Rondônia, estufarem o peito, orgulhosos, entoando aos quatro cantos do Estado suas pretensões políticas. E eles têm razão! Até agora, sabemos, as únicas figuras que irão concorrer à sucessão de Confúcio Moura  (PMDB) são Acir Gurgacz, o senador da República do PDT, e o presidente da Assembleia Legislativa  (ALE/RO) Maurão de Carvalho, também peemedebista.

A dupla já percorre os recôncavos rondonienses em franca campanha eleitoral, embora a lei, muitas vezes lesada, não permita que seja dado nome aos bois. Pré-candidatura, por exemplo, é a nomenclatura utilizada para denominar quem, definitivamente, brigará pelo Palácio Rio Madeira.

Há uma vantagem singular para quem larga desta forma, com aval partidário e, principalmente, sem as amarras e grilhões do Poder Judiciário, como ocorrerá com o congressista Ivo Cassol, do PP, outro "pré".

Cassol foi condenado à prisão pelo Supremo Tribunal Federal  (STF) e aguarda julgamento de recurso. Ele mesmo sabe que, para concorrer, só com liminar, tanto é que fora aconselhar-se com Rosani Donadon  (PMDB), prefeita de Vilhena, que concorreu sub judice. O progressista garante, por onde passa, que irá ganhar no voto, e "depois a Justiça que se vire".

E pode ser que seja assim mesmo. E pode ser que ele vença no voto. E pode ser. E pode ser...

É e esse poder ser que gira em torno de Cassol e tantos outros candidatos em todo o País em situação irregular que faz toda a diferença. Homens públicos como Gurgacz e Maurão de Carvalho, além de outros com tudo nos conformes, largam na frente e não estão sujeitos ao receio do eleitorado que pode temer jogar o voto fora e desistir de apertar o verde para determinado postulante.

Se a história tem o poder de ensinar, o caso do ex-prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho, do PT, exemplifica de maneira visceral as consequências de um "pode ser" sobre uma candidatura. Sobrinho largou em primeiro em 2016 na primeira rodada da pesquisa Ibope quanto tentou retornar ao Executivo da Capital. Ao finalizar a contagem das urnas, o petista amargou o quinto lugar, bem distante da projeção, demonstrando que uma condição eletiva sangrenta pode dizimar qualquer postulante que seja, mesmo os mais fortes como Cassol ou mesmo Roberto.

E assim a caravana passa impulsionando os primeiros a largar ainda mais à frente de um páreo ainda rascunhado. As eleições de 2018 serão provavelmente as mais disputadas do Estado de Rondônia nas últimas décadas e os adversários saberão explorar suas qualidades e os defeitos dos adversários, incluindo, claro, os marcados pelo "pode ser".

Autor / Fonte: Rondoniadinamica

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