Editorial – Ivo Cassol não ‘larga o osso’ e dá cartada final para ser pelo menos candidato à reeleição ao Senado Federal

Editorial – Ivo Cassol não ‘larga o osso’ e dá cartada final para ser pelo menos candidato à reeleição ao Senado Federal

Porto Velho, RO – O senador licenciado Ivo Cassol, do PP, vive nos últimos meses uma sucessão interminável de pesadelos políticos. O primeiro e mais importante deles, óbvio, está atrelado à condenação proferida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que, após analisar todos os recursos do congressista, determinou a pena de quatro anos de detenção por fraude em licitação.

Embora tenha escapado da cadeia, já que a punição fora convertida em prestação de serviços à comunidade, o sonho de voltar a comandar o Estado de Rondônia restou protelado por tempo indeterminado.

Para o ex-chefe do Executivo estadual, pior do que a agrura de ficar fora do pleito foi deparar-se com as possibilidades no horizonte e, adiante, encontrar como única saída e exposto pela luz no fim do túnel seu algoz político, o senador Acir Gurgacz (PDT).

Cassol não dá o braço a torcer e diz pelos quatro cantos que, a despeito de aliar-se ao grupão, não subirá no mesmo palanque nem pedirá votos ao colega de parlamento, mantendo a boa e velha distância protocolar – como se isso importasse.

Gurgacz, também sentenciado pelo Supremo, foi condenado em fevereiro deste ano por crime contra o sistema financeiro; a pena imposta ao pedetista é de quatro anos e seis meses de prisão.

Duas figuras antagônicas, ambas punidas pela mais alta Corte do País, caminham juntas para sobreviver no protagonismo da política rondoniense.

Conforme noticiado pelo Rondônia Dinâmica, a defesa do empresário crê, piamente, que sua candidatura será concretizada porque ainda há um ás jurídico na manga: os embargos infringentes.

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“O recurso, ainda de acordo com o eleitoralista, independentemente de qualquer decisão prévia, inclusive de concessão ou não de liminar, já impõe automaticamente efeito suspensivo à condenação, inclusive voltado à eventual questão de inelegibilidade. O Superior Tribunal Eleitoral (TSE) já proferiu decisões neste sentido criando precedente benéfico às pretensões de Gurgacz”, relata o texto.

Já o progressista, encurralado pela decisão da presidente do STF, a ministra Cármen Lúcia, não quer “largar o osso” e tenta algo semelhante a fim de garantir, no mínimo, a possibilidade de pleitear a reeleição ao Senado Federal.

Cármen exige, finalmente, que Cassol cumpra sua pena; de outro lado, quer que o Senado declare a perda do mandato.

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“No que tange ao perigo de dano irreparável, isto se visualiza no momento vivido pelo requerente [Cassol], que se encontra às vésperas de uma convenção partidária, que se realizará no dia 5 de agosto de 2018 e na qual seus correligionários o querem candidato à reeleição para o Senado Federal, precisando garantir o seu direito de disputar as eleições gerais de 2018", justificou a defesa após o derradeiro posicionamento acerca do cumprimento de pena e da perda do mandato.

Entenda
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As decisões supervenientes envolvendo candidatos considerados ficha-sujas definirão, no fim das contas, se a lei vale mesmo para todos.

Autor / Fonte: Rondoniadinamica

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