Em 2018, dez estados devem ter governadores-tampão

Em 2018, dez estados devem ter governadores-tampão

Daniel Pereira deve assumir o governo em 2018, já que Confúcio será candidato (Senado ou Câmara Federal) e terá que deixar o cargo.

Dez governadores terão que se afastar de suas funções em 2018 se quiserem concorrer a um cargo na próxima eleição. Se a tradição política se mantiver, a quase totalidade deles, que fazem parte do grupo dos que já foram reeleitos, entregará até abril o comando do estado ao vice para concorrer ao Senado.

A troca de cadeiras tem potencial para alterar a configuração de forças entre partidos nos estados. Mas não é só isso. Em tempos de Lava-Jato, muitos desses governadores buscarão nas urnas um novo mandato para manter o foro privilegiado na Justiça, uma vez que são alvos de inquéritos por suspeitas de receber propina da Odebrecht.

As legendas candidatas a maiores beneficiárias das desincompatibilizações são o PP e o PSB. No outro extremo, aparecem o PMDB e o PSDB como os que mais deverão perder governadores.

Desincompatibilização é o afastamento obrigatório do cargo por agente público para disputar eleição. Há mais de 70 anos, a regra foi criada para dar igualdade de condições aos candidatos e evitar o uso da máquina pelos detentores de mandato. No entanto, não se aplica a casos de reeleição.

PSDB E PMDB PERDERÃO MAIS

Embora ainda faltem oito meses para o prazo de afastamento dos governadores, as negociações já acontecem com aliados. O PP, que governa somente um estado (Roraima), é a legenda que mais deve "lucrar" com a renúncia de governadores. O partido ganharia dois estados importantes: Paraná e Rio de Janeiro, o que deverá fazer o PP saltar da 6º para a 3ª posição no ranking dos partidos com mais governadores.

O PSB, que administra três estados - Pernambuco, Paraíba e o Distrito Federal -, já faz planos para quando assumir o governo de São Paulo, segundo maior orçamento público do país, só perdendo para a União. O "presente" igualará a legenda ao PSDB em número de governadores (quatro). Aliás, a sigla tucana e o PMDB deverão perder dois estados cada um - São Paulo e Paraná; Rio de Janeiro e Rondônia, respectivamente.

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Autor / Fonte: O GLOBO

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