Emílio nega envolvimento em compra de terreno para instituto Lula

Emílio nega envolvimento em compra de terreno para instituto Lula

© Foto: Silvia Izquierdo/AP Defesa de Lula dispensou empresário que havia delatado compra de imóvel

SÃO PAULO - Em depoimento ao juiz Sergio Moro na manhã desta segunda-feira, Emilio Odebrecht, patriarca da empreiteira, negou envolvimento em contratos firmados entre a Petrobras e Odebrecht que teriam sido celebrados em troca de uma futura compra de um terreno para o Instituto Lula. Na denúncia, a Força-Tarefa da Lava-Jato aponta que o imóvel foi adquirido pela Odebrecht como forma de pagamento de propina ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O petista nega.

Nas colaborações premiadas da Odebrecht quem delatou o ex-presidente no caso do terreno do Instituto Lula foi o ex-executivo da Odebrecht Alexandrino Alencar — que foi dispensado da audiência pela defesa de Lula. Na semana passada, Alencar havia afirmou a Moro que a compra do imóvel foi uma “retribuição ao ex-presidente”. Ele disse que Marcelo Odebrecht disponibilizou R$ 12 milhões para a compra da sede do instituto.

Emílio foi ouvido como testemunha de acusação na ação penal em que o ex-presidente Lula é acusado de receber propina da empreiteira por meio de um terreno que seria comprado para a construção de uma nova sede para o Instituto Lula e de um apartamento vizinho ao que o ex-presidente mora, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. O depoimento foi retomado

O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, também perguntou se Emílio manteve reuniões com outros ex-presidentes da República que antecederam Lula no cargo. O empresário confirmou:

—Desde a minha entrada na organização, praticamente todos ex-presidentes. Discutia várias coisas de interesse nacional, aquilo que era importante para o Brasil continuar crescendo - disse Emílio, em depoimento de cerca de seis minutos por vídeoconferência na justiça federal de São Paulo.

O depoimento de Emilio foi retomado por decisão do Tribunal Federal Regional da 4ª Região (TRF4) , que aceitou um pedido formulado pela defesa de Lula. O pedido foi feito após a audiência em que Emilio Odebrecht foi ouvido porque, segundo a defesa, o Ministério Público Federal (MPF) acrescentou documentos ao processo que não puderam ser verificados a tempo da primeira oitiva.

Autor / Fonte: Agência o Globo

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