Grupo que comanda Colégio Objetivo e Faculdade Porto em Rondônia deve ‘cair fora’ do PSL após ingresso de Bolsonaro

OU HILDON ENFRENTA O CAOS DA SAÚDE OU ENTRA PARA A VALA COMUM DOS QUE ELA DERROTOU

Durante sua campanha à Prefeitura, Hildon Chaves fez várias promessas, como o fazem todos os políticos. Algumas ele está conseguindo cumprir, outras estão ainda em andamento. Mas uma das principais, infelizmente, ele está longe de conseguir cumprir. A saúde pública municipal está um caos.

Tão ruim quanto o foi na administração de Mauro Nazif. Ocorre que o que Hildon já recebeu sem funcionar, mesmo com todas as suas garantias de que as coisas iam melhorar radicalmente, tudo está igual (pior?), andando de ré. O que abunda, na verdade, é o que de pior existe no serviço público.

De um lado, a falta de planejamento e ação. De outra, a má vontade de parte dos servidores em cumprirem seu papel. Na atual administração, está claro que faltou planejamento, porque não há outra explicação para a falta de materiais básicos nos postos de saúde. Não há remédios para dor de cabeça, para um simples curativo; não há medicamentos essenciais para quem precisa deles para controlar a pressão arterial, só para dar alguns exemplos.

Ora, isso é falta de planejar, porque qualquer leigo sabe que a burocracia infernal que envolve as compras públicas, obrigam o gestor a começar a tratar delas com pelo menos meio ano de antecedência. Foi-se o primeiro ano de governo e...nada! Não houve qualquer avanço nesse sentido.

A outra questão é ainda mais complexa.

A Prefeitura anuncia que têm 400 médicos a disposição da população, em plantões de revezamento e que, por isso, todos os dias, nos horários de atendimento ao povão, deveriam haver ao menos seis médicos atendendo, em postos e Upas, ao mesmo tempo. Isso não ocorreu jamais, nunca, never!.

O que se registra é bem ao contrário: um médico atendendo normalmente num posto de saúde, já é quase como se achar uma pepita de ouro no deserto. Dois, então, equivale ao milagre da Ressurreição. Ora, se a Prefeitura tem tantos profissionais médicos; se os paga religiosamente, qual o motivo para que alguns  médicos desapareçam dos plantões que têm que cumprir? O Ministério Público já foi acionado?

O Conselho Regional de Medicina e o Conselho Federal de Medicina, sempre tão ciosos em prestar um bom serviço à comunidade, foram chamados a intervir? Os que não cumprem seus horários estão sendo demitidos, como determina a lei? Se todas essas perguntas têm respostas negativas, é porque a gestão da Prefeitura é que é a grande responsável pelo fracasso em que se transformou a saúde pública municipal. Ou Hildon Chaves chuta essa porta, a derruba à fórceps (com o perdão do trocadilho médico) ou vai para a vala comum dos administradores que fracassaram neste setor, que é  essencial para a vida da sua coletividade. A escolha é dele, Prefeito.

TEM DINHEIRO SOBRANDO

Ainda sobre o mesmo tema: a Prefeitura da Capital anuncia que gasta 1 milhão de reais por dia com a saúde pública na Capital. Isso mesmo. São 30 milhões ao mês; 360 milhões de reais ao ano. Com essa grana toda, por exemplo, se poderia agendar cerca de 5 mil consultas particulares, à média de 200 reais, todos os dias. Ou seja, excluindo outros custos (exames, medicamentos, etc...), milhares de pessoas que vão aos postos de saúde e às UPAs buscarem atendimento e não o conseguem,  poderiam ser atendidas em consultórios particulares. Com água gelada, ar condicionado e condições muito mais humanas do que sofrem, em enormes filas e em esperas que podem durar um dia inteiro, os pobres coitados que migram pelos postos e UPAs, sem conseguirem sequer ver um médico. Claro que o cálculo matemático é apenas provocativo. Mas serve para demonstrar, claramente, que o problema não é falta de dinheiro. É falta de gestão. É falta de pulso firme. É falta de alguém que tenha coragem de enfrentar o problema e mandar embora os que não planejam e nem executam suas ordens e os não querem trabalhar. Mas que saiba, ao mesmo tempo, valorizar todos aqueles que, muitas vezes sem as mínimas condições, fazem de tudo para atender bem os pacientes. Está na hora de colocar o dedo nesta ferida, antes que ela entre em estado de putrefação.

SEMANA DE DEFINIÇÕES

Terça-feira, dia 09, oito da noite. Na mesa e no computador do governador Confúcio Moura, chegaram todos os pedidos de exoneração de secretários, assessores diretos, superintendentes, dirigentes de estatais. Vai começar, a partir desta semana, uma reforma administrativa, onde serão excluídos da equipe confunciana aqueles nomes dos que serão candidatos a algum cargo eletivo em outubro próximo. Ainda não se sabe se Confúcio tomará a decisão de remontagem da equipe de forma solitária ou se consultará seu vice, Daniel Pereira, que assumirá o governo dentro de cerca de 80 dias, já que o atual ocupante da cadeira renunciará ao cargo, para poder disputar uma vaga ao Senado. Há secretários que entregaram suas cartas, mas que ainda não decidiram se vão ou não concorrer. Há os que querem ficar mais um pouco, mesmo concorrendo, mas nesse caso parece que o Palácio Rio Madeira/CPA deu sinal vermelho. Daniel Pereira se reúne ainda essa semana com Confúcio, para tratar desse assunto e da passagem de cargo, no fim de março, início de abril. Pode ser que a partir dessas conversações, o novo quadro se desenhará e os nomes dos que substituirão os pré candidatos serão anunciados. É coisa para se definir em poucos dias.

UMA REFORMA VITAL

Fala-se em reforma trabalhista; em reforma da previdência; em reforma tributária, mas nenhuma voz importante nesse país sequer toca no assunto da mais importante e vital das reformas: a da legislação atual, que foi feita sob medida para proteger bandidos e enchê-los de direitos. Enquanto crimes hediondos forem tratados com benevolência e compreensão, a bandidagem vai continuar deitando e rolando, destruindo as famílias; acabando com sonhos; matando e rindo da nossa cara e da cara das nossas autoridades. Há muitos juízes que ficam indignados quando julgam crimes brutais e são obrigados a deixar soltos canalhas assassinos e reincidentes (alguns entram e saem pelas delegacias 20, 30 vezes), porque a lei foi feita assim e tem que ser cumprida. Um dos crimes mais brutais, que é o de ser atacado por criminosos dentro da sua própria casa; com mulheres e crianças sendo espancadas; com armas colocadas na cabeça de todos, isso quando alguém não é assassinado, precisa ser tratado como o é: hediondo! Mas nada disso ocorre. Nos últimos dias, várias famílias de Porto Velho foram vítimas desse tipo de crime. Numa delas, os bandidos foram presos horas depois, mas todos, em breve, estarão nas ruas. Para cometer todos os mesmos crimes de novo.

TEVE MESMO INFLAÇÃO TÃO BAIXA?

No mesmo dia em que é anunciado mais um aumento absurdo da gasolina, do óleo diesel e outros derivados de petróleo (felizmente, ainda não ocorreu o mesmo com o já caríssimo gás de cozinha), o governo anuncia os números da inflação do ano passado: 2,95 por cento, ou seja, muito abaixo das melhores expectativas. Poderia até ter havido deflação, ou seja, inflação negativa, caso não ocorressem os aumentos fora da realidade de alguns produtos. Vejamos: o preço de botijão de gás, oficialmente, cresceu 16 por cento, mas não em algumas regiões, como em Rondônia, onde houve reajustes de até 55 por cento, já que o preço explodiu de 45 reais no final de 2016 para até 70 reais no final deste ano. Outro aumento abusivo foi o dos planos de saúde. Na média, 13,53 por cento, mas em alguns casos bem mais que isso. Também o custo das creches, que subiu 16 por cento; das taxas de água e esgoto, que cresceram em média 10,52 por cento (em Rondônia, bem mais!) e da energia elétrica residencial, que foi quase 11 por cento a mais que os registrados em 2016, influíram para que não houvesse deflação. Sem falar na gasolina, que subiu em algumas regiões mais de 12 por cento. Ou seja, nos produtos e serviços essenciais, a inflação saltou. Caiu muito nos alimentos. Mas, para a classe média, o número apresentado pelo governo (2,95 por cento), parece piada de mau gosto.


Augusto e Milton Pellucio podem largar projeto com PSL após entrada do capitão

“COMPANHEIRO” BOLSONARO

E agora, PSL? Um grupo de jovens políticos, à frente o empresário da educação Augusto Pellucio, havia tomado conta do PSL de Rondônia. A intenção básica era formar novas lideranças e começar a ter candidaturas próprias, dando ao eleitor uma opção diferenciada, com caras que não fossem as tradicionalmente conhecidas na vida pública e, ao mesmo tempo, incentivar novas lideranças a se envolverem com a política, para melhorá-la. Teoria ótima e que estava começando a dar certo, a tal ponto que chegou a ser cogitada uma candidatura até ao Governo, apenas para começar a colocar a face nova do partido na mídia e na cabeça do eleitor, do próprio Pellucio, diretor do Colégio Objetivo, um dos empreendimentos educacionais de maior sucesso no Estado. Tudo estava indo bem até que...surgiu Jair Bolsonaro na jogada. Isso mesmo! Como Bolsonaro ingressou no PSL e por ele deve ser candidato à Presidência, o grupo rondoniense estaria propenso a abandonar não só o projeto, como o próprio partido. Até uma reunião do grupo, que já estava formado e sólido, estaria sendo agendada, para decidir o que fazer. O que se sabe é que a maioria das lideranças do PSL local não quer caminhar com Bolsonaro. Nos próximos dias, se tornará pública a decisão final sobre o “imbróglio”...

DITADURA ESCANCARADA

Nossa vizinha Bolívia, lamentavelmente, parece caminhar para a radicalização de uma ditadura, aliás, desenhada há muitos anos. Evo Morales já conseguiu mudar a Constituição, que permite que ele governe e se reeleja tantas vezes quantas quiser. A partir de agora, num novo pacote  aprovado pelo Congresso boliviano, dominado integralmente por ele, passam a ser crimes ações como simples passeatas de protesto; crimes também serão críticas ao Governo nas redes sociais; jornalistas podem ser condenados a até quatro anos de prisão, com julgamentos sumários, caso escrevam algo contrário aos interesses do poder; as Igrejas também terão restrições em suas ações e na cooptação de novos fieis. O religioso que descumprir essa restrição, pode pegar uma pena de sete a 12 anos de prisão. Todas as ações que sejam contrárias aos interesses governamentais, passam a ser alvo de processos e pesadas penas de prisão. É a “democracia” bolivariana, chegando agora com força total nas terras de Morales, que começa a seguir os passos do seu companheiro e amigo Nicolas Maduro, aquele mesmo que está destruindo a Venezuela. A grande mídia nacional faz de conta que nada está acontecendo na Bolívia e a esquerda brasileira está vibrando, porque é o que gostaria de fazer por aqui também. Só que aqui o buraco é mais embaixo!  Aqui não, violão!

PERGUNTINHA

Faltando duas semanas para o fatídico dia 24 de janeiro, você acha que Lula será absolvido; terá sua sentença inicial confirmada ou será punido com uma sentença ainda mais pesada, pelo TRF de Porto Alegre?

Autor / Fonte: Sérgio Pires

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