Imazon detecta novo padrão de desmatamento no Acre, Rondônia e Pará, diz Época

O Brasil tem um dos melhores sistemas de monitoramento do desmatamento por satélite do mundo. Mas os boletins mensais contavam com um problema. Eles não usavam imagens com as melhores definições. Áreas equivalentes a até dez campos de futebol eram invisíveis por satélites e acabavam sendo detectadas apenas uma vez por ano nos dados oficiais do sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).


Vista área da Floresta Amazônica em Altamira, Pará
(Foto: Mario Tama/Getty Image)

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Essa situação deve mudar a partir de agora. O Imazon, uma organização ambiental que monitora a cobertura florestal da Amazônia por satélite, passou a usar um novo sistema de processamento e imagens de satélites que enxerga com mais precisão a cobertura florestal. Ele permite identificar um desmatamento que ocorra em apenas 1 hectare (um campo de futebol). Ao aplicar esse sistema, o Imazon identificou que uma parte importante do desmatamento está ocorrendo em pequenas parcelas – e descobriu uma nova geografia do desmatamento. Os dados serão divulgados nesta terça-feira (26), e ÉPOCA publica os números com exclusividade.

Segundo o Imazon, a Amazônia perdeu 184 quilômetros quadrados de florestas em agosto. Destes, 39 quilômetros quadrados, ou 21%, foram feitos em áreas menores de 10 hectares e, portanto, permaneceriam invisíveis não fosse o novo sistema. Se essa proporção se mantiver   nos próximos meses, isso vai indicar que uma parte considerável do desmatamento não estava sendo detectada pelas análises mensais e só apareceriam na avaliação anual.

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Os dados mostram que o desmatamento “pequeno” ocorre em uma área diferente do mais tradicional. Eles se concentram no Acre e sul do Amazonas, em Rondônia, e no Pará, incluindo a região da Calha Norte, considerada menos afetada pelo desmatamento, como mostra o mapa abaixo.

Autor / Fonte: Época

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