Infectologista do Cemetron alerta para o risco de leptospirose nessa época de alagamentos em Rondônia

Infectologista do Cemetron alerta para o risco de leptospirose nessa época de alagamentos em Rondônia

Nesta época do ano, devido aos alagamentos que acontecem com frequência por causa das chuvas, aumentam os riscos das pessoas contraírem a leptospirose, uma zoonose infectocontagiosa. O ser humano pode se contaminar principalmente pela urina do rato, lama ou água contaminada. Ela é causada pela bactéria Leptospira.

A médica infectologista Ester Aita, do Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron), faz um alerta sobre os riscos da doença. Segundo ela, os principais cuidados são que as pessoas não se exponham as águas de chuvas que acumulam nas ruas e avenidas, os pais não deixar as crianças brincar nas enxurradas e lamas que acumulam perto das residências; não deixar águas sujas ter contato direto com a pele, principalmente se tiver suspeita de roedores na região alagada.

Outras recomendações são para as pessoas que trabalham expostos aos riscos, por exemplo, elas precisam utilizar proteção individual como mascaras, botas e luvas; e em casos de alagamentos nas residências, quem for fazer a limpeza deve redobrar os cuidados para não ter contato com as águas contaminadas e lavar com bastante água sanitária.

Com relação aos sintomas da doença, a infectologista esclarece que a maioria dos casos apresenta sintomas leves, como uma gripe, febre, dores de cabeça e no corpo, mas também pode apresentar dores de lombalgia, nas panturrilhas (batata-da-perna) e vômitos.

Ele explicou também que se algum caso evoluir para forma mais grave, como a hemorragia conjuntival (na mucosa dos olhos), podendo ocorrer icterícia rubínica (coloração alaranjada da pele e das mucosas), insuficiência renal e hemorragia pulmonar.

Infectologista Ester Aita alerta sobre os cuidados para não contrair a doença

Em todos os casos, conforme orientação do Cemetron, o paciente deve procurar atendimento médico em uma unidade de saúde próxima de sua casa para fazer o diagnóstico através dos exames e o suporte necessário para os casos que precisam de internação, sendo o tratamento realizado nos casos leves com antibiótico oral e nos casos mais graves com antibiótico injetável.

Dados da leptospirose

Dados do Programa Estadual de Vigilância e Controle da Leptospirose revelam que em 2017 foram notificados 314 casos suspeitos de Leptospirose no Sistema de Agravo de Notificação (Sinan), destes 86 foram investigados, sendo 26 pacientes confirmados com a doença e destes 24 confirmados por critério laboratorial e dois óbitos.

Já os dados notificados pelo Cemetron revelam que em 2017 foram 58 casos suspeitos de leptospirose, desse total, 10 casos foram confirmados e ocorreu um óbito.

Autor / Fonte: Marilza Rocha/Secom

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