Jovem de Rondônia é destaque na Folha ao conquistar prêmio e ajudar crianças a escrever cartas em inglês

Jovem de Rondônia é destaque na Folha ao conquistar prêmio e ajudar crianças a escrever cartas em inglês

Desde que Leonardo fez dez anos, era ele quem lia histórias para sua mãe na hora de dormir, e não o inverso. Começou com um capítulo de Monteiro Lobato, virou "Senhor dos Anéis" e depois Percy Jackson. Um dia Leonardo achou nas prateleiras da mãe, Andréia, os policiais de Agatha Christie e Sherlock Holmes e não parou mais.

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Aos 15 anos de idade, ganhou o primeiro lugar do país em concurso de cartas promovido pelos Correios e a medalha de bronze na etapa internacional, organizada pela União Postal Universal. Na disputa, conheceu uma rede mundial que usa cartas em inglês para promover o aprendizado em 90 países, a Letters for Learning.

Montou uma turma na escola em que estudava, a estadual Carlos Drummond de Andrade, na periferia de Ji Paraná (interior de Rondônia) e acompanha 12 garotos a partir dos 11 anos de idade que se correspondem com alunos da ganenses do projeto Teach On The Beach e com estudantes do UWC Mahindra College, de Nova Delhi, Índia.

Neste ano, as conexões já foram ampliadas para os Estados Unidos -algumas cartas já começaram a chegar –e os planos são de chegarem no ano que vem aos Emirados Árabes Unidos. "O mundo em que quero crescer depende de mim. Passa pela minha mão, pelo meu suor, pela minha mente", escreve num trecho da carta que foi premiada.

BRASIL E VICE

O prêmio no concurso de cartas de 2015 não foi o primeiro nem de Leonardo Silva Brito, nem de sua escola, nem do Brasil. O país é o vice-líder dos concursos da UPU, com 3 medalhas de ouro, 2 de prata e 2 de bronze.

A China, primeira colocada, tem 5 medalhas de ouro, 3 de prata e 1 de bronze. Em sua 46ª edição, a premiação recebe até o dia 17 de março inscrições de estudantes da rede pública e privada de ensino com até 15 anos.

No Brasil, o júri tem representantes dos Correios, ministérios das Comunicações e da Educação, Universidade de Brasília e Unesco. A escola de Leonardo deve deve ter vários inscritos, diz o diretor Celso Silvério Belchior, 48. "Participar é para nós uma estratégia de aprendizagem", afirma ele.

A Carlos Drummond de Andrade tem 680 alunos (do 3º ano do Fundamental ao 3º do Médio), 20 professores, 2 bronzes na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas e o 1º lugar em concurso de curtas-metragens do Ministério Público.

Neste ano, já foi finalista em provas nacionais de astronomia e de física.

 

Autor / Fonte: Folha de S. Paulo

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