Macaco morto é diagnosticado com febre amarela

Macaco morto é diagnosticado com febre amarela

Foto reprodução - Apesar do problema, especialistas garantes que animal não transmite febre amarela

A Coordenadoria de Vigilância em Saúde de Cacoal (RO), município a 480 quilômetros de Porto Velho, confirmou mais um caso de febre amarela em macaco. O animal, da espécie Zog Zog, foi encontrado morto em uma mata próxima a zona urbana da região.

Com o resultado, áreas no entorno de onde o macaco estava passará por monitoramento de profissionais da vigilância em saúde e ambiental.

A amostra foi encaminhada há alguns meses para análise no Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará. Porém, apenas agora o resultado ficou pronto.

“Em 2017, nós tivemos um macaco positivo para febre amarela encontrado na área rural de Cacoal. Este ano, recebemos o positivo de mais um macaco. Entretanto, a situação é um pouco diferente, pois foi encontrado próximo a área urbana da cidade. Então, nossas ações serão outras”, disse a coordenadora de vigilância em saúde, Ivani Gromann.

Para a efetivação das ações, servidores da saúde passaram por uma capacitação na quinta-feira (14). Ainda de acordo com Ivani, as ações de bloqueio devem começar na segunda-feira (18).

“Vamos envolver nesse trabalho todas as equipes da vigilância ambiental, centro de controle de zoonoses, controle de vetores e vigilância epidemiológica. Estaremos unidos para fazer esse bloqueio que requer um pouco mais de atenção”, afirmou Ivani.

Metas

Entre as ações, está a vacinação em 100% da comunidade que vive nas proximidades do local onde o macaco foi encontrado. Há também projetos para eliminar os focos dos mosquitos Aedes Aegypti e analisar as espécies de mosquitos possam transmitir a febre amarela à outros animais.

“Na área urbana, quem transmite a febre amarela é o mosquito Aedes Aegypti. Hoje, o Brasil não tem mais registro de febre amarela urbana. Mas, como em Cacoal temos uma mata próxima a área urbana, é importante eliminar o transmissor”, ressaltou a coordenadora.

Ivani alerta, ainda, a população entre em contato com a vigilância ambiental, caso encontre outros macacos mortos. Assim, os profissionais sabem a forma correta de recolher, armazenar e transportar as amostras necessárias para descobrir se esse animal tem ou não a doença.

Em Cacoal, a população pode contactar a vigilância ambiental pelo telefone 3907-4092 ou 3907-4020.

Outros casos

Nos últimos três meses, quatro macacos com febre amarela foram encontrados mortos na região da Zona da Mata. O diagnóstico foi confirmado pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Rolim de Moura (RO), município a 402 quilômetros de Porto Velho.

O resultado veio através de exame realizado no Laboratório Central de Saúde Pública de Rondônia (Lacen). Apesar disso, especialistas afirmam que o macaco não é transmissor da febre amarela, mas tais mortes servem como alerta para investigar novos casos.

Autor / Fonte: Magda Oliveira, G1 Cacoal e Zona da Mata

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