Cláudio Barbará da Silva, conhecido no PCC (Primeiro Comando da Capital) apenas como Barbará, será transferido entre hoje e os próximos 30 dias da penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP), onde está a cúpula da facção, para o presídio federal de Porto Velho, segundo seu advogado. Após solicitação do MP (Ministério Público), a Justiça paulistana autorizou a transferência dele e de mais seis integrantes do PCC, em novembro do ano passado.
Barbará, que já foi conhecido como "vice-chefe" da facção, é atualmente considerado principal nome da "sintonia final dos estados e países", como é chamada a cúpula do PCC. Ele nega à Justiça envolvimento no crime organizado, mas Polícia Civil e MP afirmam que ele tem cargo de relevância dentro do grupo.
Nesta quinta-feira (10), houve movimentação no processo de transferência dos sete presos que já têm determinação da Justiça. São eles: José de Arimatéia Pereira Faria Carvalho, o Pequeno; Cristiano Dias Gangi, o Crisão; Reginaldo do Nascimento, o Jabotá; Almir Rodrigues Ferreira, o Nenê do Simione; Rogério Araújo Taschini, o Rogerinho; e Célio Marcelo da Silva, o Bin Laden.
Nas movimentações, estariam aprovações de juízes federais para as transferências. A reportagem não conseguiu localizar a defesa dos outros seis. O advogado de Barbará pediu para não ser identificado. "Todas as vezes que me identificam, eu sofro ameaças, apesar de o meu trabalho ser legal. Todos têm direito à defesa", afirmou ao UOL. Segundo ele, um juiz federal de Rondônia autorizou recentemente a transferência de seu cliente.
A decisão de transferir já está determinada. É preciso que documentos sejam gerados, é preciso uma escolta especial, mas já foi determinado. O juiz daqui [São Paulo] já mandou. O juiz de Porto Velho já autorizou. Agora é só materializar essa transferência.
Advogado de Cláudio Barbará da Silva.
Autor / Fonte: Uol
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