Nazif rebate denúncias e ataca presidente da Câmara de Porto Velho



Porto Velho, RO –
Para o prefeito Mauro Nazif, a denúncia de improbidade administrativa contra a administração municipal, acatada pela Câmara Municipal de Porto Velho, tem visível conotação política e é uma manobra para tentar influenciar o resultado da eleição para governador, que ocorre no próximo domingo, 26.

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O prefeito reuniu a imprensa para uma coletiva nesta quarta-feira, 22, na Sempla (Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão), quando desqualificou uma por uma as denúncias por apresentarem consistência nem fundamento. Para ele, não passam de denúncia vazia com o intuito de tumultuar o processo eleitoral.

“Para mim está clara a intenção de influenciar a eleição. A mesma manobra tentou-se fazer na Assembleia Legislativa, mas a presidência da Casa não aceitou a denúncia contra o governador e adiantou que qualquer instalação de CPI no Legislativo só depois da eleição”, frisou.

Mauro Nazif enfatizou que existem três razões claras para a nova tentativa de Impeachment — a segunda em menos de um ano. A primeira, é que ele apoia a reeleição do governador Confúcio Moura, que tem como vice o sindicalista Daniel Pereira, que é do PSB, partido do prefeito.

Outra razão é que o vereador Alan Queiroz (PSDB) é do mesmo partido do adversário do governador e mirar a artilharia no prefeito, indiretamente as “balas” recocheteariam no candidato que ele apoia. A última, é que o presidente da Câmara já manifestou o interesse de disputar a sucessão municipal em 2016.

“Minha preocupação é que estão criando factoides para manipularem a livre e soberana vontade do eleitor. É preciso ficar bem atento a essas manobra, saber quais os reais motivos que existem por trás dela. É um fato lamentável e garanto que o povo, a população de Porto Velho não merece isso”, disse o prefeito.

Denúncias

Aos jornalistas, o prefeito pontou item por item as denúncias apresentadas rebatendo todas. Sobre a utilização da máquina pública para favorecer candidatos com a compra de votos, Mauro Nazif deixou claro que a administração municipal, por sua determinação, não teve participação nenhuma no processo.

“Em momento algum foi colocado máquinas ou qualquer outro equipamento da prefeitura para trabalhar a favor de qualquer candidato. Agora, o prefeito, o secretário têm suas opções de candidatos, mas por ele ser a favor de uma candidatura, não quer dizer que a prefeitura trabalha para esse candidato”, afirmou.

Com relação ao contrato emergencial do lixo, Mauro Nazif lembrou que estava em Brasília quando foi informado das possíveis irregularidades apontadas pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado). Mas ao timar conhecimento da situação retornou imediatamente a Porto Velho para esclarecer o caso.

Ao retornar ele procurou o tribunal e ficou sabendo que a única pendência existente apontada pelo órgão, foi a falta de publicidade do processo. E por causa da existência da dúvida, ele recomendou que o contrato fosse cancelado imediatamente e que fosse realizado novo processo licitatório.

“Isso aqui precisa ficar bem claro. Quem cancelou o contrato do lixo foi a prefeitura e não a Câmara como se chegou a anunciar. Eu determinei o cancelamento depois de uma avaliação feita pela Controladoria Geral do Município. A Câmara se manifestou muito depois de termos tomado essa decisão”, disse.

Mas mesmo com o cancelamento, não haverá prejuízo para a população. Em uma reunião com o MPC (Ministério Público de Contas), TCE, TJ (Tribunal de Justiça), a prefeitura e a empresa Marquise, ficou acertado que o contrato ficou acertado que o contrato que encerra no dia 31 será prorrogado até a conclusão da nova licitação.

Aluguel e horas máquinas

Mauro Nazif também questionou os valores exorbitantes, apresentados na denúncia, do aluguel do prédio onde estão instaladas a Semes (Secretaria Municipal de Esportes e Lazer). Na denúncia, por mês o aluguel do prédio de R$ 50 mil, quando na realidade o desembolso não ultrapassa R$ 4,5 mil.

Sobre a contratação de horas máquinas, o prefeito frisou que, desde que assumiu o cargo, a prefeitura não usa mais esse procedimento. “Os contratos de horas/máquinas, hoje, é zero na administração municipal. Não temos nenhum maquinário alugado. O equipamento que usamos foi comprado com recursos próprio”, revelou.

O não cumprimento do prazo para a instalação do aterro sanitária, foi outra denúncia jogada por terra pelo prefeito. Ele informou aos jornalistas que o Governo Federal vai prorrogar o prazo para 2018, porque mais de cinco mil municípios não conseguiram cumprir o prazo que vence este ano.

“Como se comprova, são todas denúncias sem fundamento e que visam criar uma certa instabilidade por causa do pleito eleitoral. O que queremos é trabalhar. Fomos eleito para trabalhar pela população e isso estamos fazendo e vamos continuar fazendo até o último dia do nosso mandato”, reforçou.

Autor / Fonte: Assessoria

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