O grande agitador cultural

Hoje é o aniversário do amigo João Carlos Alves popularmente conhecido como Carlinhos Maracanã. O grande agitador cultural. Parabéns Maraca!

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E hoje é dia de São João. Tem tanta fogueira; tem tanto balão, o povo a noite inteira na beira da fogueira, faz adivinhação...

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São pouquíssimas as fogueiras acesas nos dias de hoje, principalmente nas cidades consideradas de médio pra grande porte como é o caso de Porto Velho.

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Mesmo assim ainda podemos ver algumas, só, que com fogo artificial, com efeitos de led ou então papel colorido e um ventilador fazendo vento para dar a impressão que são chamas do fogo da fogueira. Tudo é válido quando o objetivo, é preservar a festa dos santos festeiros do mês de junho, Santo Antônio, São João e São Pedro.

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O que quase já não se ver são as rodas de adivinhação. “Danei a faca no troco da Bananeira não gostei da brincadeira, Santo Antônio me enganou”. Essa simpatia é assim: Você passa uma faca virgem três vezes ao redor da fogueira. Corre até uma bananeira e enfia. Na manhã seguinte, a nódoa que escorre pelo caule da bananeira, forma a primeira letra do nome da pessoa que será seu futuro marido ou mulher.

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“Saí correndo lá pra beira da fogueira, ver meu rosto na bacia, água se derramou”. O resultado dessa simpatia é imediato. Você enche uma bacia com água, passa três vezes pela fogueira, acende uma vela e pinga na água da bacia, em alguns segundos a cera da vela forma a primeira Letra do nome da pessoa com quem você pretende namorar e até se casar.

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Antigamente as pessoas consideradas “categas” em Porto Velho, contratavam grupos de bois bumbás para dançar no terreiro de suas casas durante as festas juninas, principalmente na noite de São João.


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Tinha um seringalista que costumava contratar um grupo de boi para dançar em frente a sua residência na noite de São João, seus filhos convidavam os amiguinhos para “passar fogueira” e assistir a brincadeira do boi.

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O soldador conhecido como Zé Bossa era muito amigo do seringalista e numa dessas noites de São João, justamente no momento em que o boi se apresentava em frente a casa do “Coronel”, Zé Bossa chega bastante truviscado, vai até onde ele está e diz: “Fala com o Amo do boi pra ele me deixar tirar uns versos! - Tu sabe tirar verso Zé? - Pergunta o “Coronel”, Zé responde, dê a ordem pro senhor ver se eu sei ou não sei tirar verso!

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O seringalista chama o amo Galego e pede pra ele desafiar o Zé Bossa pra ver se ele sabe mesmo fazer verso de improviso.

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Galego fez o desafio e Zé Bossa foi pro meio do terreiro e cantou:

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Levanta meu boi levanta, Levanta de lá e vem; o dono da casa é corno, e as filhas transam também”...

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O Coronel gritou de lá pros seus 'capangas' (todo seringalista tinha seus homens de confiança): Pega esse filho da mãe e dar uma sova bem dada. A Casa do Coronel era perto do Cemitério dos Inocentes e Zé desabalou na carreira e os capangas atrás e não quis nem saber que a cerca do cemitério era de arame farpado...

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Tem uma “estória” que até hoje é contada nos locais de ensaio dos bumbás de Porto Velho. É aquela na qual, o Amo cantou pro boi levantar e nada e quando foram ver, o “Miolo” (hoje é tripa) estava dormindo bêbado de baixo do boi. Só, que inventaram que ele (miolo) havia sido assassinado.

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Por falar nisso, hoje o boi Corre Campo se apresenta na casa da dona Raimundinha do Cabo Omar na Duque de Caxias com a Rogério Weber no bairro Caiari as 21 horas. Revivendo a brincadeira do boi de rua. “Vou chegando vou entrando, com meu garrote ,mimoso, na casa da Raimundinha, Corre Campo é amoroso”. Nostalgia pura!

Silvinho e Casca de Alho no Som Livre amanhã

A iniciativa partiu da Prefeitura Municipal de Porto Velho, através da Fundação Cultural (Funcultural), e tem por objetivo apresentar os novos e tradicionais cantores da Capital para a população, formando um público de apreciadores de músicas nacional e regional. “Nós estamos recebendo todo domingo um público bem família, vai desde a criança até a vovó. O pessoal faz piquenique, vai namorar, leva os filhos pra brincar, sempre com a trilha sonora do Projeto Som Livre proporcionando o pôr do sol mais agradável da Capital”, ressalta Ocampo Fernandes, presidente da Funcultural.

O Som Livre nasceu da necessidade de se implantar um atrativo dominical na centenária Estrada de Ferro Madeira Mamoré, e é um palco de livre acesso aos músicos que atuam ou não profissionalmente em Porto Velho. “Muitos deles já conseguiram até contrato depois de se apresentar, já que o público é bem diversificado, formado por pessoas de todas as idades e classes sociais, e nesse meio, sempre há empresários que vêm a praça da estrada de ferro trazer a família pra passear e acaba dando mais atenção a atração musical que estamos oferecendo”, explica Géri Anderson, coordenador do projeto.

De acordo com os organizadores, já passaram pelo palco cantores anônimos e também os mais conhecidos da noite portovelhense, como Gilson Canuto, Danilo Monteiro, Charlene Marques, Electo Azevedo e Beto Sales, que são cantores do gênero MPB e Pop Rock, assim como também o Zezinho dos Cobras, do forró pé de serra, o Toninho Tavernard e Beto Cézar que são do samba, os grupos Vento Sul e Trio Amazônico, e a ideia é estar sempre variando as atrações musicais e, principalmente, revelando os talentos da região, que nos dias de hoje vem ganhando destaque até nacional com músicas autorais, como é o caso mais recente da banda Versalle, que ficou famosa e até hoje faz shows além de nossa fronteira.

O Projeto Som Livre é realizado todos os domingos a partir das 16 horas no espaço gramado da Madeira Mamoré, e oferece tapetes de lona para quem não leva a sua toalha para forrar no imenso tapete de grama da praça. Neste próximo domingo terá apresentação musical espacial de São João, com o grupo Casca de Alho, o cantor Silvinho Santos, que recentemente ganhou um prêmio musical lá em Manaus-AM, o cantor Electo Azevedo e Edmilson do Acordeon, que vão fazer uma releitura de músicas famosas no ritmo do xote e do forró pé de serra. Quem quiser se apresentar em futuras edições é só entrar em contato com a coordenação do projeto pelo 99246 0907 e agendar uma data.

CONCURSO

Prêmio Fiero Paulo Queiroz de Jornalismo - Final

Faltam apenas sete dias para o encerramento das inscrições ao Prêmio Fiero Paulo Queiroz de Jornalismo. Com premiação que chega a R$ 66 mil aos vencedores, a entrega da premiação será em setembro, por ocasião do aniversário de fundação da Federação das Indústrias de Rondônia, durante jantar com jornalistas. Podem ser inscritos trabalhos jornalísticos de autoria de um único profissional ou de um grupo de profissionais de comunicação veiculados no período compreendido entre 15 de dezembro de 2016 e 30 de junho de 2017.

O presidente da Fiero, Marcelo Thomé, reitera que o Prêmio Fiero Paulo Queiroz de Jornalismo é uma iniciativa da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia como forma de reconhecer os talentos jornalísticos de Rondônia, estimular, ao mesmo tempo, o debate sobre o desenvolvimento industrial de Rondônia e estreitar ainda mais os laços entre este importante segmento profissional e a indústria”, falou.

Os trabalhos selecionados nas categorias jornalismo impresso, radiojornalismo, telejornalismo e webjornalismo receberão a seguinte premiação: 1º lugar, por categoria, prêmio no valor de R$ 7.000,00 (sete mil reais); 2º lugar, por categoria, prêmio no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais); 3º lugar, por categoria, prêmio no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais); 4º lugar, por categoria, prêmio no valor de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais). O trabalho classificado em 5º lugar receberá menção honrosa, sem premiação em dinheiro.

De acordo com o coordenador de Comunicação Social da Fiero e do prêmio, jornalista Carlos Araújo, o prêmio contempla reportagens veiculadas em rádio, jornal, televisão e sites de notícias evidenciando a indústria como força propulsora da economia e do desenvolvimento de Rondônia, com ênfase para o papel da industrialização no processo de colonização do estado e seu crescimento. Regulamento completo e ficha de inscrição estão disponíveis no hotsite premiojornalismo.fiero.org.br.

Autor / Fonte: Zekatraca

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