Opinião – Acabaram as férias, prefeito: mãos à obra porque vem chuva!

Opinião – Acabaram as férias, prefeito: mãos à obra porque vem chuva!

Porto Velho, RO – Os novos prefeitos, que assumiram em janeiro deste ano estão entrando no oitavo mês de administração. Após a eleição, em outubro último, os prefeitos eleitos tiveram novembro e dezembro, para elaborarem o plano de governo, ou adequar os apresentados durante a campanha, para execução a partir do início do mandato.

Porto Velho é um divisor de água entre os demais municípios. Não apenas pela população superior, maior colégio eleitoral, mas também pelo elevado volume de problemas. Falta quase tudo na capital, inclusive o apoio de boa parte da população que não colabora, mas contribui jogando lixo nas ruas, queimadas irresponsáveis, trânsito violento e desorganizado dentre outros problemas.

A eleição do prefeito Hildon Chaves (PSDB), que surgiu como “mais um” e acabou vencendo no primeiro e no segundo turno, adversários considerados de maior relevância eleitoral sinalizou que o povo queria mudar. E de fato, o eleitor mudou, porque votou em maior número em um, até então, não político, o empresário Hildon.

O novo prefeito assumiu prometendo mudanças radicais e aplicação de uma administração dura, austera, com pessoas certas nos lugares certos, que inclusive, conhecia corrupto, apenas no olhar. Enganou-se, pois administração pública é uma arte que nem todos conseguem desenvolver, mesmo sendo um expert na área privada.

Hildon errou quando colocou na chefia de gabinete um ditador despreparado, que se julgava o prefeito, mesmo sem ter um voto. Foram necessários meses para que o prefeito admitisse o erro. Ele também errou em várias outras ações, inclusive em tirar férias com seis meses de governo. Pode até ser legal, mas não é moral, pois a política nacional e regional exige dedicação 24 horas, como se prometeu na campanha. É a expectativa do povo.

Mas o maior desafio de Hildon na administração da capital é o saneamento básico, que está bem perto do zero. O que existe é de forma irregular. Não há estação de tratamento. O esgoto se junta a rede de galerias pluviais e toda a tranqueira “deságua” no rio Madeira, que é a “estação de tratamento natural”. Um crime contra a natureza.

Hoje Porto Velho enfrenta um forte e prolongado verão amazônico (seca), quando durante aproximadamente seis meses não chove. O período chuvoso (inverno) é esperado para o próximo mês de setembro, quando será possível testar o que foi feito pela administração atual da capital na rede de galeria pluvial. São nessas ocasiões que ocorrem alagamentos, inclusive em ruas e avenidas centrais desafiando os administradores públicos.

Vários bairros ficam alagados, um caos social.


A partir das chuvas será possível cobrar com mais veemência a administração Hildon Guedes. Noventa dias, como propuseram alguns deputados-vereadores é um prazo curto em demasia para quem assumiu um município “doente” político- financeiro- administrativo do ex-prefeito Mauro Nazif (PSB), que não deixou saudades.

Hoje um dos maiores desafios é combater as queimadas criminosas, que comprometem o meio ambiente e favorecem as doenças pulmonares, dentre outros problemas. Mas não se pode esquecer o que vem a frente, como os alagamentos que prefeitos como Chiquilito Erse na segunda gestão Carlinhos Camurça, Roberto Sobrinho e Mauro Nazif não conseguiram resolver.

O tema central do comentário é sobre saneamento básico, mas Hildon e sua equipe, ainda, têm o que fazer na saúde que ainda é carente, do trânsito que continua confuso, mal sinalizado e precariamente fiscalizado; da educação no interior do município onde o transporte escolar é deficiente, da segurança pública, porque a cidade está a cada dia mais violenta; da mobilidade urbana quase inexistente e do transporte coletivo urbano, que existe, mas não funciona, dentre outras ações na área social.

A esperança da maioria da população de Porto Velho é que o seu prefeito, Hildon Chaves, com a mente oxigenada, após visita a cidades de primeiro mundo como Miami e Paris, por onde esteve nas férias, consiga aplicar pelo menos 1% do que viu, de bom, na esperançosa Capital de Rondônia. A partir de agora não se terá mais a desculpa de cansaço da campanha.

Vamos seguir em frente Dr. Hildon, pois nas suas férias o vice, Edgar do Boi (PSDC) deu uma “chifrada” em dezenas de servidores aliviando a folha de pagamento e assumindo o ônus de demitir algumas “figurinhas carimbadas” que recebiam, mas não trabalhavam, dentre elas sogra, parentes diversos, amigos de políticos e de autoridades consideradas ilibadas.

Temos que admitir que, ainda há mais “demorados” cinco meses para as férias de dezembro, pois afinal de contas, ninguém é de ferro...

Autor / Fonte: Waldir Costa / Rondônia Dinâmica

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