Opinião – Conquista do hexa ficou no sonho

Opinião – Conquista do hexa ficou no sonho

Porto Velho, RO – E o sonho do hexa pela seleção canarinho permanece. O Brasil não conseguiu passar pela Bélgica que demonstrou ser mais competente durante os 90 minutos na sexta-feira (6). Aos mais jovens só resta esperar 2022 e para os mais “usados”, como o escriba, torcer, também, para estar vivo e talvez testemunhar a conquista do hexa. Mas está difícil.

O futebol há anos deixou de ser um esporte, uma opção de descontração, divertimento, paixão. O futebol atual, sem distinção é nivelado por baixo onde o cabeça de bagre, que dá chutão pra fora é aplaudido pela torcida e negociado a peso de ouro para o exterior.

Há tempo dizemos que futebol é negócio espúrio, lavagem de dinheiro e não mais a paixão do brasileiro. Neymar ganha R$ 12 milhões por mês, cerca de R$ 400 mil por dia. Ostenta carros, iates, jatinhos enquanto milhões de brasileiros ganham menos de R$ 1 mil por mês, porque é assalariado e muitos outros nem isso, porque vivem na miséria.

Ganhar dinheiro é uma questão de competência, sorte e até mesmo oportunidade. Assim como Neymar há muitos políticos com jatinhos, carros importados, padrão de vida dos Emirados Árabes e o mais preocupante, com o dinheiro do povo, que vota em troca de uma cesta básica, promessas, tijolos, telhas, caixas de água, etc.

Mas voltamos ao futebol. O Brasil da bola precisa voltar a investir na base, na várzea, onde há milhares de jogadores iguais ou até superiores a Neymar , mas acabam rumando para o mundo das drogas, da criminalidade, por falta de oportunidades.

A seleção brasileira tem que voltar a utilizar jogadores que atuam no Brasil, onde o futebol é mais alegre, aberto. Como praticamente todos os jogadores da seleção jogam na Europa é normal que se adaptem ao jogo mais de força, de contato, estudado, planejado. Quem ganha uma fortuna como os jogadores da seleção vão disputar uma jogada mais viril e expor sua condição física? Vão arriscar a se contundir em uma jogada que exija maior força?

O brasileiro, ainda, tem a ginga insuperável, a facilidade do drible, raro no futebol-força de hoje. Temos que voltar às nossas origens e retomar a pecha de “País do futebol” convocando atletas que atuam no Brasil.

Por último lamentar que o Brasil perdeu uma ótima oportunidade para conquistar o hexa. Desde 1958, que acompanhamos a Copa do Mundo e a deste ano é a de mais baixo índice técnico das seleções. E a Inglaterra, que chegou como o mineirinho poderá levar o título de 2018.

Com o fim da Copa do Mundo para os brasileiros, o passo seguinte é decidir o futuro do País, dos Estados, porque teremos eleições em outubro, de presidente da República a deputados estaduais, menos a prefeitos e vereadores. Como é a política que conduz a economia e o futuro do País vamos escolher bem e não errar como o Tite, que montou uma seleção sem a opção de um centroavante de ofício.

Autor / Fonte: Waldir Costa / Rondônia Dinâmica

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