Opinião: Disputa pelas duas vagas ao Senado é acirrada

Opinião: Disputa pelas duas vagas ao Senado é acirrada

Após o encerramento do prazo de filiação partidária e da troca de partidos, permitidos pela legislação eleitoral, no último dia 7, a quem pretenda disputar as eleições de outubro próximo, já temos mais de dez pré-candidatos ao Senado. Até as convenções partidárias que serão realizadas no período de 20 de julho a 10 de agosto a disputa por espaço político nos partidos e busca de formação de blocos serão intensificadas.

Na disputa das duas vagas que estão disponíveis para o Senado, há mais de uma dezena de pessoas que já se colocaram à disposição para disputar as eleições em Rondônia. Alguns já militantes ativos da política e outros iniciantes, mas todos acreditando que conseguirão sucesso.

O senador Valdir Raupp, do MDB é pré-candidato à reeleição. Foi o mais votado nas eleições de 2010, quando se elegeu com mais de 480 mil votos, à frente de Ivo Cassol, do PP, que se elegeu para a segunda vaga. Hoje Cassol está inelegível, mas garante que disputará o governo do Estado.

Raupp é pré-candidato à reeleição e tem dentro do partido um predador, o ex-governador Confúcio Moura, que também busca uma das duas vagas. São dois nomes de ponta do partido, com enorme experiência política e conhecedores dos bastidores. Talvez até as convenções Confúcio possa buscar uma das vagas à Câmara Federal, onde ele já esteve e deixou resultados positivos para o Estado. São dois nomes com plenas condições de sensibilizar o eleitorado.

O ex-senador Expedito Júnior (PSDB) tem duas opções na sua caminhada política: disputar uma das duas vagas ao Senado ou concorrer ao governo do Estado. Sempre que questionado desconversa e vai “empurrando com a barriga” o seu futuro político. Certeza é que estará na disputa, seja para o Senado ou governo do Estado. É sempre um nome em evidência, mas a exemplo de Raupp e Confúcio também tem rejeição, o que não ocorre com quem é novo na política. Na caminhada dos políticos não existe unanimidade.

O pastor Aloísio Vidal é outro nome em evidência como pré-candidato ao Senado. Tem força eleitoral na capital, que tem mais de 300 mil eleitores e já trabalha no interior em busca de apoio à sua pré-candidatura. Está entre os favoritos, porque também tem parte do segmento evangélico que o apoia.

O PT deverá disputar o Senado com a professora Fátima Cleide, que já foi senadora e chamada como a “mãe” da transposição dos servidores do Estado para a União, mérito que não pode ser desconsiderado numa eleição. O PT, mesmo sangrando, ainda, é um partido forte, porque tem militância e recursos financeiros.

O PSB vem com força total. Hoje o governador é Daniel Pereira, que assumiu, após a renúncia de Confúcio. O pré-candidato do partido é o ex-prefeito de Ji-Paraná, que tem força eleitoral na região central e agora busca espaço nas demais regiões, tendo como ponto de apoio o executivo estadual. Jesualdo deverá ser nomeado como secretário especial para poder ter maior contato com as demais regiões até as convenções. É um nome a ser considerado.

O PCdoB vem para a disputa ao Senado com o representante do Conselho Federal de Enfermagem (Coren), Manoel Neri. O presidente do diretório regional, professor Francisco Pantera abriu mão da disputa pelo Senado em favor de Neri.

O PPS tem como pré-candidato o ex-vereador de Porto Velho, Bosco da Federal. É experiente na política, tem amplo conhecimento sobre as atribuições de um senador e está convicto que conseguirá sensibilizar a população.

O advogado e presidente da Associação de Defesa dos Direitos da Cidadania-ADDC, Caetano Neto está filiado ao Podemos, que tem como pré-candidato a presidência da República o senador pelo Paraná, Álvaro Dias. Caetano defende o fim das câmaras de vereadores a municípios com menos de 50 mil eleitores criando-se conselhos comunitários não remunerados. Também quer promover as reformas política e tributária. Caetano alerta para a necessidade da mudança do modelo institucional para se combater com maior veemência a corrupção.

Até as convenções teremos mudanças do quadro apresentado. A política é muito versátil e nem sempre os favoritos chegam à frente.

Autor / Fonte: Waldir Costa / Rondônia Dinâmica

Comentários

Leia Também