O governador Daniel Pereira e o presidente do PSB, seu partido, o ex-deputado (federal e estadual) e ex-prefeito de Porto Velho, Mauro Nazif devem entrar num acordo para o bem do futuro político, administrativo e financeiro de Rondônia. Daniel assumiu o governo das mãos do ex-governador Confúcio Moura (MDB), que deixou o cargo para concorrer a cargo eletivo nas eleições deste ano.
Nazif disse em recente encontro do partido realizado em Cacoal, que a situação econômico-financeira do Estado é crítica. Afirmou publicamente que Confúcio deixou uma “herança maldita”. Foi além quando disse que “Confúcio deixou para Daniel `coisas’ que são dignas de prisão”, mas não explicou o que seria, até porque, o governador é Daniel e não ele.
O que Nazif disse em forma de alerta, deve ser considerado pelo governador. Rondônia, segundo Confúcio, quando entregou o governo em abril último estava entre os Estados mais equilibrados econômica e financeiramente no país. Não é bem isso que Daniel constatou, após assumir o cargo.
Daniel, que era o vice assumiu com a certeza de encontrar um Estado enxuto e facilmente administrável. Depois que a euforia e a alegria inflável por assumir o cargo passou e ele pode constatar a realidade até mudou a postura de excesso de exposição pessoal.
O que não se entende é a resistência de Daniel em não promover as mudanças necessárias em cargos fundamentais, talvez devido a compromissos firmados com o ex-governador. E o povo?
Em várias oportunidades, inclusive em entrevista recente concedida a uma rádio da capital, Nazif alertou Daniel, que deveria promover uma ampla auditoria nos setores nevrálgicos do governo do Estado. Seria até uma maneira correta e legal, para que a população saiba da real situação econômico-financeira de Rondônia.
Casar com a “viúva” nem sempre é um bom negócio na política. A separação de bens e checagem da real situação da “máquina” administrativa é uma obrigação de qualquer ente público, que receba cargo majoritário para concluir mandato, como o caso do governo de Rondônia. É uma forma de prestar contas para o cidadão que banca todo o sistema público.
O alerta do experiente Mauro Nazif deve ser considerado. Depois em nada adiantará reclamações, porque quem ajoelhou tem que rezar.
Autor / Fonte: Rondoniadinamica
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