Pelos órgãos de comunicação do Estado a Prefeitura de Porto Velho, está anunciando a realização de processo licitatório para o transporte coletivo urbano. Desde o final da administração do ex-prefeito, Mauro Nazif (PSB), que a capital padece com o sistema de transporte de passageiros, que existe, mas não funciona.
A massa trabalhadora não utiliza táxi ou Uber. O mototaxi, um meio de transporte inseguro e cada vez mais caro também não resolve o transporte do trabalhador. Transportar pessoas em motocicletas numa cidade onde a maioria de motoqueiros e não motociclistas cometem as mais variadas infrações no trânsito é um atentado contra a vida.
Com quase 16 meses de governo, o prefeito Hildon Chaves (PSDB), somente agora está priorizando o transporte coletivo, porque o serviço precário e totalmente fora da realidade da população de Porto Velho vem funcionando não se sabe como. O contrato que existia terminou há tempo, o emergencial também e o povo continua dependendo da frota (sic) de ônibus adequada para ferro velho.
Rondônia é um dos estados com temperatura elevada praticamente o ano todo. São raras as friagens que se manifestam em regiões mais altas, como Vilhena. Nem mesmo no período de inverno, quando chove com intensidade quase todos os dias a temperatura cai.
Nenhum ônibus urbano deveria circular em Porto Velho sem oferecer no mínimo ar-condicionado, que não é luxo na região, mas uma necessidade. Assentos, acesso facilitado com rampas para pessoas com dificuldades de locomoção deveriam ser obrigatório em todos os veículos de transporte coletivo urbano.
A frota que deveria estar em torno de 300 ônibus, estimativa para atender a demanda não chega a 50% do previsto. As paradas não têm abrigos suficientes e eficientes e não há terminais adequados para transbordo dos passageiros.
Como o trânsito da capital é uma bagunça generalizada, onde motoristas e motoqueiros não respeitam a sinalização (precária), a fiscalização é insuficiente e assim mesmo punitiva e não educativa. Os motoristas não param os coletivos junto ao meio-fio e as pessoas são obrigadas a subirem ou descerem na rua o que, além do perigo de atropelamento dificulta, ainda mais a locomoção de idosos e deficientes.
O anúncio de licitação para o próximo mês de maio é um alento. O povo operário de Porto Velho, aquele que depende diretamente do transporte coletivo merece um serviço mais humano, eficiente e realmente voltado para bem atender o usuário. Que a empresa escolhida não seja protegida pelos corruptos de plantão, que sempre ocupam a maioria dos espaços com sérios prejuízos para o povo.
Autor / Fonte: Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
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