Pai de Bernardo é acusado de matar filho para ficar com herança da mãe

Para MP, pai arquitetou morte de Bernardo para ficar com herança da mãe

"Dezenas de pessoas saíram em protesto nesta terça após conclusão do inquérito"

PORTO ALEGRE - O Ministério Público do Rio Grande do Sul ofereceu denúncia à Justiça contra o pai de Bernardo Uglione Boldrini, o médico Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini, a assistente social Edelvânia Wirganovicz e o motorista Evandro Wirganovicz por participação total ou parcial no plano de assassinato do garoto e ocultação do cadáver, nesta quinta-feira.

Enquanto a polícia se limitou a dizer que o motivação dos autores foi a desarmonia familiar que levava o pai à indiferença e a madrasta ao ódio contra a criança e o desejo do casal de se ver livre dela, o Ministério Público viu também motivações patrimoniais. A promotora revelou que a morte do filho abriria caminho para o médico ficar com o patrimônio que o garoto herdaria da mãe, com quem foi casado até 2010, quando ela se suicidou.

A acusação também amplia os indiciamentos e os motivos apresentados pela Polícia Civil na terça-feira. A promotora Dinamárcia Maciel de Oliveira afirmou que Leandro foi o "mentor intelectual" do crime, Graciele foi "cúmplice em tudo" e Edelvânia foi "atraída para esse crime hediondo e cedeu". Mesmo que a polícia não tenha indiciado Evandro porque ainda apura a participação dele, o Ministério Público entendeu que é certo que ele ajudou a ocultar o cadáver, restando saber se também participou de outras etapas do plano.

"O convencimento do Ministério Público é que Lenadro, Graciele e Edelvânia mataram Bernardo Boldrini, afirmou a promotora. Os três foram acusados de homicídio doloso com qualificadoras como motivo torpe e fútil e dissimulação que dificultou a defesa da vítima e também por ocultação de cadáver. Leandro também foi acusado de falsidade ideológica por ter registrado ocorrência de desaparecimento, colocando toda a comunidade à procura do filho, quando, segundo a acusação, já sabia que ele estava morto.

Caso. A apuração policial indicou que Bernardo foi levado pela madrasta de Três Passos, onde a família reside, para Frederico Westphalen, a 80 quilômetros, no dia 4 de abril. Na cidade vizinha, os dois embarcaram em um automóvel de Edelvânia. Na volta, o garoto não estava mais junto. No dia 14, depois de obter confissão da assistência social, a polícia encontrou o corpo em um matagal. Detidos no mesmo dia, Leandro, Graciele e Edelvânia ficaram presos temporariamente por 30 dias e agora estão presos preventivam

 

estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/para-mp-pai-arquitetou-morte-de-bernardo-para-ficar-com-heran%C3%A7a-da-m%C3%A3e

Autor / Fonte: MSN

Leia Também

Comentários