'Por que não desativar a Emdur e estancar um enorme prejuízo municipal?', questiona Taborda

'Por que não desativar a Emdur e estancar um enorme prejuízo municipal?', questiona Taborda

FILOSOFANDO

“Considero a família e não o indivíduo como o verdadeiro elemento social (arriscando-me a ser julgado como espírito retrógrado).” HONORÉ DE BALZAC (1799/1850), intelectual francês considerado o fundador do Realismo na literatura. Autor de “A Mulher de 30 Anos” e também de estudos filosóficos, como “A Procura do Absoluto”.

PREOCUPANTE

Fonte bem informada sobre os bastidores do Judiciário rondoniense fez uma revelação preocupante no dia de ontem. Segundo comentou, quase metade dos processos de homicídios, praticados em Rondônia acabam – sempre segundo a fonte – tornando-se prescritos pela demora processual. E assim as famílias das vítimas sofrem duas vezes diante da falta de qualquer sentença.  Situação no mínimo preocupante.

TUGIR OU MUGIR?

Só nesse primeiro semestre do ano nós, brasileiros, já pagamos 900 bilhões de impostos e taxas. O valor se refere à arrecadação de todos os impostos, taxas e contribuições que vão para a União, os estados e os municípios. Esse valor foi registrado ontem, segunda feira, pelo impostômetro da Associação Comercial de São Paulo.

TROCAR

Não dá para entender a “revolta” maçônica diante da exoneração de Juscelino Moraes do Amaral do cargo de titular da Empresa de Desenvolvimento Urbano (a Emdur) pelo prefeito Hildon Chaves. Tudo não passou de ato meramente administrativo, de gestão. Como a Emdur é uma empresa controlada pela prefeitura, detentora da maior parte de seu capital, cabe ao prefeito nomear ou exonerar seu dirigente máximo. Será que por ser importante figura da maçonaria rondoniense Juscelino não poderia ser demissível? Certamente o prefeito apenas exerceu sua competência política e administrativa. E não precisava dar nenhuma explicação aos membros da maçonaria de sua decisão.

BOM SUJEITO

O advogado Juscelino Moraes é considerado no melhor círculo social portovelhense como um “sujeito sangue bom”. Nem por isso tinha o melhor currículo para comandar uma empresa pública “de desenvolvimento urbano” que para sair do buraco onde foi metida em gestões do passado. A Emdur carece de um mago das finanças com muita experiência e influência para a elaboração de projetos desenvolvimentistas capazes de atrair novos investimentos. Dar à Emdur um dirigente sem uma formação específica é imaginar que vale a pena enxugar gelo.

SÓ PREJUIZO

Ainda recentemente o prefeito anunciou a criação de uma agência de desenvolvimento, presidida pelo atual presidente da Fiero. Tomou essa decisão certamente ao ser convencido de que a Emdur não passa de uma matriz de prejuízos mantida com os recursos arrancados dos contribuintes. Na maior parte de sua vida a Emdur só deu prejuízos.

CURY TENTOU

Na verdade essa empresa municipal está exaurida há muito tempo. A última tentativa de recuperá-la para que cumprisse seus objetivos ocorreu quando William Cury a presidiu. E nem o homem que no passado criou a (extinta) Codaron conseguiu colocar a Emdur nos eixos. Não se sabe se o prefeito continuará mantendo a Emdur como uma reserva para “aspones” premiados com salários estratosféricos

JOGO DÚBIO

O prefeito Hildon Chaves faz uma gestão arrojada e decente. Isso incomoda figuras tradicionais da política portovelhense. Essas figuras estimulam, especialmente em mídias identificadas com opositores (derrotados nas eleições passadas) do prefeito, uma campanha de desestabilização da gestão de Hildon, fazendo tempestade em copo d’água, como ocorreu em relação à exoneração do diretor geral da Emdur. Paralelamente a isso procuram esconder os fatores positivos da gestão do tucano, em áreas como limpeza pública, asfaltamento, recuperação de vias e de áreas degradadas, etc. O jogo dúbio é feito agora projetando para a disputa eleitoral do próximo ano quando, claro, Hildon Chaves terá papel garantido como fortíssimo cabo eleitoral.

TITULO MERECIDO

O primeiro a publicar em Rondônia o título de pior parlamentar federal dado ao deputado Lindomar Garçom foi o site comandado por Tadeu Itajubá, “ocombatente.com” no final da semana que passou. A “conquista” de Lindomar – noticiado originalmente no site Congresso Em Foco – não surpreende ninguém. O título é merecido.

PAPAGAIO DE PIRATA

Lindomar não age como um gestor (embora tenha sido prefeito por dois mandatos) ou verdadeiro político. É um personagem caricato, hoje reconhecido como mero papagaio de pirata, um imprudente exibicionista contribuindo para erodir ainda mais a imagem rondoniense no Brasil. Com essa postura ridícula de “aparecer o quanto pode” nas situações mais esdruxulas, Lindomar tenta aumentar seu gabarito eleitoral por imaginar que o eleitorado continuará agindo inconscientemente aos dotes de picadeiro. Terá certamente uma surpresa com o resultado das urnas em 2018.

NÃO ACREDITO

Políticos até então sepultados estão sendo retirados de suas covas por alguns lacaios como (rárárárá) nomes capazes de disputar e vencer as eleições do próximo ano. E ai aparece José Guedes (ex-prefeito de Porto Velho), Amir Lando (ex-senador) e Chagas Neto (ex-deputado federal) como nomes capazes de contribuir para renovar a política do estado, restabelecendo valores éticos há muito perdidos. São pessoas que perderam o bonde da história em suas trajetórias de homens públicos. Estão desconectados por muito tempo da política local. Não acredito que irão entrar nessa aventura.

POR SI SÓ

Todos deixaram a política após derrotas muito pesadas. Alguns, como Guedes, ficou todo esse tempo calado, incapaz de se posicionar contra a crise moral que atingiu a prefeitura no período petralha. Não se manteve sequer como personagem contundente. Acabou por si só.

TUDO PARADO

Com todos os caciques políticos mais conhecidos (e com mandatos) no estado foram atingidos com denúncias graves de corrupção (estão no alvo da Lava Jato) e de sonegação de impostos, as tratativas com vistas à sucessão de 2018 estão paradas. Cessaram-se as conversas sobre eleições e alianças políticas. Os partidos agora estão tratando de lamber suas próprias feridas. As especulações em torno de nomes como o de José Guedes não têm a menor chance de prosperar. Nem Expedito Júnior (com ficha irrepreensível na justiça eleitoral) fala sobre candidaturas. Repete o mantra dos políticos de que ainda é muito cedo para uma definição.

Autor / Fonte: Gessi Taborda

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