Pressão para que governador abra espaço no governo

Pressão para que governador abra espaço no governo

RESENHA POLÍTICA ROBSON OLIVEIRA

RETORNO – Depois de alguns dias curtindo férias na cidade maravilhosa (Rio de Janeiro), onde nasceu, o governador eleito Marcos Rocha se reúne com a trupe encarregada da transição para tomar ciência geral do pepino que herdará e finalizará os nomes que vão compor seu primeiro escalão. A expectativa é que anuncie os secretários no decorrer da próxima semana. Uma fonte revelou à coluna que usará as redes sociais para nominá-los, a exemplo do que fez Bolsonaro. Alguns nomes já são conhecidos, como Evandro Padovani, Fernando Máximo, Elias Rezende Oliveira. Nomes ligados à caserna também deverão aparecer na lista do primeiro escalão do governador eleito.

RESISTINDO – Uma fonte da coluna revelou que há uma pressão nos bastidores para que o governador abra espaço no governo à indicação de nomes pelos parlamentares no primeiro e segundo escalão. Rocha tem resistido, mas alguns dos seus mais próximos interlocutores têm orientado para que ceda e, por consequência, influencie na escolha do novo presidente da Assembleia Legislativa. Quem conhece os meandros do Poder Legislativo sabe que dificilmente o governador eleito consegue governar sem compor com boa parte dos deputados estaduais. Composição naquele poder significa cargos.

ENXUGAMENTO – Com as contas do estado no amarelo, embora bem melhor que várias outras unidades da federação, o coronel vai ser obrigado a enxugar a máquina para manter as finanças sob controle. Ao cortas despesas correntes, necessariamente muitos cargos comissionados terão que ser extintos já que o discurso fulcral do PSL, partido que elegeu Marcos Rocha, é a diminuição da máquina estatal: estado mínimo. Contudo, do ponto de vista histórico, os militares brasileiros sempre foram adeptos ao modelo de um estado mais obeso, forte. Pela volúpia com que estão retornando ao poder político, os sinais são de que poucos mudaram de posição. A ver!

BOQUIRROTO – A fixação do presidente eleito Jair Bolsonaro em seguir a política externa estadunidense em relação ao Oriente Médio pode provocar prejuízos comerciais ao Brasil incomensuráveis, em particular às exportações de carne bovina em Rondônia. A Liga Árabe alertou a Bolsonaro, em carta, que a transferência da embaixada do Brasil em Israel para Jerusalém pode prejudicar as relações com os países árabes, conforme agência Reuters. Tudo o que os membros do agronegócio rondoniense não precisam, visto que foram os principais cabos eleitorais do militar em Rondônia. Toda vez que Bolsonaro improvisa em política exterior cria o maior quiproquó.

SIM – Dependerá da Câmara Municipal dos Vereadores a solução para a manutenção dos transportes coletivos em Porto Velho. Está nas mãos dos edis um minucioso diagnóstico de mobilidade urbana da capital, patrocinado pelo SIM, que detalha amiúde os gargalos que inviabilizaram todo o sistema nos últimos anos e apresenta as saídas para que o usuário não seja o único prejudicado. Sim, o serviço oferecido não é uma maravilha, mas pode ficar terrível para a população de baixa renda caso nada seja feito de imediato. Com a palavra senhores vereadores, sem demagogia!

RECONHECEU – Em entrevista numa rádio em Candeias o prefeito da capital Hildon Chaves reconheceu que o sistema de transportes coletivos funciona precariamente e alertou que pode paralisar a qualquer momento caso nada seja feito imediatamente. A empresa que explora o setor já ingressou na justiça para que a empresa deixe de prestar os serviços em decorrência dos prejuízos acumulados. Da forma como está concebido o sistema não há como operar por ser deficitário. A licitação que está em andamento tem tudo para dar deserta.

SINAL - São fortes os indícios de barulho que podem ocorrer na Secretaria Municipal de Trânsito da capital.  Outro dia fizeram uma busca e apreensão e a análise do material pode revelar mais do que se sabe. Também podem ser apenas boatos maledicentes do que se ouve pelo entorno, mas na dúvida é melhor o alcaide ligar o sinal amarelo.

RECONDUÇÃO – O desembargador Alexandre Miguel foi reconduzido à presidência da Associação dos Magistrados de Rondônia, no último final de semana, por 98,6% dos associados. Com foco primordialmente na defesa das prerrogativas, o magistrado terá uma enorme missão nesse biênio 2019/2020, principalmente quando há na opinião pública críticas em relação aos penduricalhos nos holerites das vossas excelências.  Miguel, além de um magistrado da maior grandeza intelectual, é uma pessoa da melhor qualidade pessoal. A magistratura está bem representada.

ACUSADO – Ao ser perguntado pelos jornalistas sobre as movimentações atípicas de um assessor do futuro senador Eduardo Bolsonaro – sobrenome dispensa indicar o nome do pai – Sérgio Moro, futuro ministro da Justiça, optou por evasivas. A estreia do ex-juiz da lava jato no mundo da política sinaliza que o justiceiro global não terá vida fácil.

Autor / Fonte: Robson Oliveira

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