Queimados com corrupção, poucos políticos sobreviverão a 2018

Queimados com corrupção, poucos políticos sobreviverão a 2018

FILOSOFANDO

“A política e os destinos da humanidade são forjados por homens sem ideais e nem grandeza. Aqueles que têm grandeza interior não se encaminham para a política.” ALBERT CAMUS (1913/1960), filósofo, dramaturgo, romancista e jornalista nascido na Argélia, mas de nacionalidade francesa.

LÓGICA

Michel Temer não tem a menor condição de chegar até 2018, como esperava. Pela primeira vez na Historia, um presidente no poder sofre estas acusações: Obstrução da Justiça; Corrupção passiva e Organização criminosa, que é a antiga formação de quadrilha.

DESALENTADOR

É mesmo difícil para o cidadão-contribuinte-eleitor acreditar no interesse das autoridades em combater, de fato, as maracutaias criadas para desviar o torrar o dinheiro público nesse jovem estado do Brasil. As constantes denúncias sobre o ralo da publicidade (totalmente desnecessária e ilegal diante da legislação que regulamenta o assunto) que irriga interesses restritos de pequenos grupos da mídia (amestrada) ainda não despertou no MP estadual ou no próprio TCE interesse em investigar nada.

CONTINUA

E a farra continua: o dinheiro do contribuinte está sendo usado até para incensar uma banda de rock, enquanto os verdadeiros grupos da cultura local ficam à míngua de qualquer apoio das instituições públicas. A enxurrada de veiculação inunda todas as mídias e os órgãos do controle externo permanecem calados. Os espetáculos de grupos artísticos que se apresentam (só para exemplificar) no “Mercado Cultural” (rá,rá,rá,rá,rá) não são estimulados nem com um plano de divulgação, obrigando-os a passar o chapéu entre o público escasso e incidental.

APOIANDO

Tem apoio dos três senadores rondonienses a manobra dos bastidores do Senado visando pedir a mesa que comanda a Casa para derrubar a suspensão do mandato de Aécio Neves, determinada pelo ministro Edson Fachin. A informação é de fonte da coluna em Brasília. Parece que os senadores rondonienses ainda não se deram conta de que apoiar uma medida para livrar a cara do tucano Aécio vai contribuir para afundá-los ainda mais na navegação programada para 2018.

ENGANANDO

Meu Deus, como a gente se engana na política. Eu sempre soube que Edgar do Boi era um político fraco, até medíocre, mas não imaginava que tivesse pendores para aderir ao cordão dos corruptos e negocistas da política. Até imaginei que ele pudesse dar seguimento ao seu projeto de chegar ao legislativo federal no próximo ano, afinal lá estava ele fazendo o papel de um vice-prefeito atuante, um “capataz de obra”. Estava tão envolvido nesse novo papel a ponto de se afastar de antigos amigos e colaboradores menos, é claro, do Clodoaldo, seu fiel escudeiro.

DEGOLADO

A revelação de que o Edgard (Tonial) do Boi andou bebendo na fonte das propinas desse caso JBS teve o efeito imediato de uma degola. É claro que o simples anúncio de seu afastamento do gabinete de vice-prefeito não significa muita coisa para a gestão do prefeito Hildon Chaves. Com a degola de Edgar, não foi só a vaca que foi para o brejo, mas a boiada inteira. Quem vai aceitar continuar no PSDC se ele não for substituído rapidamente. Quem fará novamente qualquer tipo de acerto político com o (ainda) vice-prefeito?

SOLDO

Afinal, o “Do Boi” só pode perder o cargo se houver uma decisão do judiciário nesse sentido. Ele pode até não ter mais gabinete (e essa uma decisão pertinente ao prefeito Hildon), mas continua vice e recebendo os proventos legais desse cargo eletivo, um salário que certamente a enorme maioria dos trabalhadores não recebe nem em sonhos. Será que o Edgar vai renunciar aos proventos? Se tiver humildade e ao mesmo tempo grandeza, deveria agir assim.

MAIS INVESTIGAÇÃO

Estima-se que a JBS repassou cerca de 3 dezenas de milhões a políticos e autoridades rondonienses. Ora, se o Edgar do Boi, uma figura de pouca importância política, recebeu tanta grana como se divulgou, imagine nomes de maior peso e influência política no estado, principalmente aqueles que garantiram facilidades ou inventaram dificuldades para os “reis da carne”? Principalmente no mundo político muitos suspeitos estão sendo arrolados para novas investigações. Especialmente aqueles que tiveram alguma ligação com a (quá!qua!qua!qua!) CPI do Friboi na Assembleia...

POUCA COISA

É uma pena, mas não há como negar isso: o legislativo estadual tem concentrado sua pauta nesse semestre em audiências públicas, entrega de forma indiscriminada de láureas, para todas as categorias profissionais dos servidores públicos. As coisas são tão absurdas que certamente ao final dessa legislatura todos integrantes das forças da segurança pública estarão medalhadas... Não vai sobrar ninguém para ser homenageado no futuro.

AVALIANDO

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero) avalia lançar-se na disputa eleitoral do próximo ano. Seu “ghostwriter” distribuiu nessa semana uma manifestação (uma espécie de sinal) de Thomé defendendo diálogo urgente no Brasil, numa defesa da reforma trabalhista. Ainda não dá para prever se a luminosidade pretendida por Marcelo Thomé será o bastante para cacifá-lo no jogo mais pesado, como o de governador ou senador.

ARRISCANDO

O Senador Valdir Raupp, também incluído na relação dos políticos rondonienses agraciados com as propinas distribuídas pelo grupo JBS, conforme publicação veiculada na FSP sofre novo abalo em sua posição privilegiada no mundo político de Rondônia.

SOBREVIVENTES

Raupp já denunciado pela PGR, por decisão de Janot, é réu em processo da Lava Jato em tramitação no STF, agora é atingido pelo também chamado de “escândalo da Friboi”. Arrisca mais uma vez soçobrar eleitoralmente no próximo ano. Diante do envolvimento de boa parte da bancada nesses escândalos, é difícil saber quem serão os sobreviventes nas urnas de 2018.

FÔLEGO

Valdir Raupp ainda é o cacique do PMDB. E nessa condição de uma declaração favorável a Maurão de Carvalho, o presidente da Assembleia, garantindo que o deputado será “o candidato a governador” da legenda. Mas na verdade, nesse momento a questão que permanece, entretanto, é saber até onde vai o fôlego de Raupp para garantir compromissos. Afinal não será cofiando a barba que ele estancará o desmonte formatado de sua biografia política.

Autor / Fonte: Gessi Taborda

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