Testemunhas são ouvidas em julgamento de delegado acusado de matar colega de profissão

Testemunhas são ouvidas em julgamento de delegado acusado de matar colega de profissão

Ao todo, foram cinco de acusação e cinco de defesa

Cinco testemunhas de defesa e cinco de acusação foram ouvidas na tarde desta quarta-feira (19), durante o julgamento do delegado Loubivar de Castro Araújo, que acontece no 1º Tribunal do Júri da Comarca de Porto Velho. A sessão começou por volta das 8h30. O réu é acusado de ter matado a tiros o colega de profissão José Pereira, da 4° Delegacia de Polícia Civil, em outubro de 2016.

O corpo do júri é composto por quatro mulheres e três homens, sorteados no início do julgamento. Conforme informações do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), uma das testemunhas de acusação prevista não compareceu. Após todos serem ouvidos, inclusive o delegado, começam os debates entre defesa e acusação.

Uma das testemunhas afirmou que o delegado "desenvolveu um desentendimento com a vítima" após realizar mudanças no ambiente de trabalho durante na ausência de José Pereira.

Entre as falas do réu, o TJ-RO informou ao G1 que Loubivar de Castro rebateu o laudo e contestou a perícia técnica, dizendo à juíza Juliana Brandão, durante rebate das acusações, que as informações são "parcialmente verdadeiras".

Durante o testemunho dele, alegou ainda que mexeram na cena do crime. A previsão é de que a sentença seja lida às 00h. O advogado de defesa diz acreditar que o réu agiu em legítima defesa e que deve ser absolvido pelo júri.

Crime

O homicídio aconteceu dentro da Corregedoria da Polícia Civil em 3 de outubro de 2016. Segundo a sentença de pronúncia, Loubivar alegou que foi impedido pela vítima de realizar mudanças administrativas, como delegado adjunto, no 4° Distrito Policial (4° DP) em 2015. O delegado foi preso em flagrante.

Delegado Loubivar de Castro Araújo foi preso em flagrante. — Foto: Hosana Moraes/ Rede Amazônica

Nessa época, José Pereira era o delegado titular do 4° DP, o qual disse que o denunciado deveria obedecer ao ordenamento hierárquico da instituição. A posição do titular nutriu insatisfação no réu.

No dia 3 de outubro de 2016, o acusado foi resolver uma situação de atestado médico no prédio da Corregedoria da Polícia Civil, quando se deparou com José Pereira e acabou disparando dois tiros contra ele com uma pistola calibre ponto 40, causando a morte da vítima.

De acordo com o judiciário, embora o denunciado alegue que o fato ocorreu em legítima defesa, os indícios apontam que o réu cometeu um crime premeditado.

Cronologia do júri:

Julgamento começou às 8h30 da manhã, com sorteio de júri.

5 testemunhas de defesa e 5 de acusação foram ouvidas.

Interrogatório do réu Loubivar de Castro Araújo começou às 15h

Após o réu ser ouvido, começa fase de debates entre acusação e defesa

Previsão do Tribunal de Justiça de Rondônia é de que a sentença seja lida às 00h.

Autor / Fonte: G1 RO

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