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Porto Velho, RO – O desembargador Gilberto Barbosa, da 1ª Câmara Especial do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ/RO), concedeu o agravo de instrumento interposto pelo Ministério Público (MP/RO) e decidiu manter o professor Alex Francisco Chagas afastado da sala de aula.

Além disso, até o julgamento da ação civil pública por ato de improbidade administrativa movida contra ele, o docente deve ser mantido em outra escola em atividades administrativas sem que tenha contato com o alunado.

Isso porque Alex Francisco é acusado por supostos abusos sexuais praticados contra algumas alunas.

“Por considerar suspeita a atitude da diretora da escola e da professora, que, no dizer da aluna, mesmo cientes da atitude criminosa do professor, nada fizeram a respeito, que seja extraída cópia e encaminhada ao Ministério Público para que apure eventual responsabilidade de uma e outra”, pontuou Barbosa sobre profissionais que teriam acobertado os supostos crimes.

Em que pese ainda não ser o momento para formar juízo de valor a respeito da conduta descrita pelo MP/RO, continuou o desembargador, “imperioso considerar que se pode extrair do depoimento da menor que o professor é useiro e vezeiro na prática de assediar alunas”.

Relatou a vítima:

 [...] que o professor nunca me liberava para a aula de educação física, no horário certo, sempre me deixava na sala com ele, cerca de 30 minutos; Que sempre ficava somente eu e o professor; Que na sala o professor me perguntava sobre as alunas K. e E. C., que o professor perguntava se as alunas eram virgens e se eu era também; Me perguntou se eu ia em determinada festa e com quem eu ficaria; Que o professor me perguntava se eu tinha namorado; Que o professor me segurava pela cintura; Que quando eu dizia que iria sair da sala, o professor me segurava pelo cós da calça; Que às vezes o professor ALEX FRANCISCO CHAGAS, ficava na sala com uma aluna chamada E. C.; Que no dia dos fatos eu estava na sala de aula com os demais alunos, quando fui até a mesa do professor para perguntar sobre uma tarefa de história; Que neste momento o professor colocou a mão na minha perna e disse que estava subindo uma formiguinha; Que o professor subiu sua mão em direção à minha vagina [...] Que a diretora não tomou qualquer providência; Que como a professora não tomou qualquer providência eu contei para minha mãe; Que o professor sempre ‘deu em cima das alunas’, mas eu não sei se ele já namorou com alguma aluna; Que o professor FRANCISCO já passou a mão na ‘bunda’ da aluna S., que estava estudando o sétimo ano, no ano passado; Que após os fatos, minha mãe me transferiu do colégio