A situação da política nacional foi tema de desabafos na sessão da Câmara de Cerejeiras na noite desta segunda, 22. Pelo menos três vereadores usaram seu tempo na tribuna para falar sobre os efeitos das delações da JBS, da condição moral da política brasileira como um todo e das repercussões negativas dessa situação na economia da nação.

O primeiro a falar, o vereador José Carlos Valendorff (PMDB) disse que “é triste a situação do Brasil hoje” e que “é preciso que a política brasileira mude”.

Também na tribuna da Casa, o vereador Samuka Carvalho (PV) disse que “tem até senador de Rondônia implicado com as delações” e que “é preciso mudar, mudar tudo”.

Já o vereador Pedrinho Alves (PMDB), num discurso áspero, começou reconhecendo que vai criticar o partido do presidente da República, o mais implicado na delação da JBS. “Sou do PMDB, o mesmo partido de Temer, mas desde o início fui contra algumas ações deste presidente, especialmente a reforma da Previdência. Minha mãe dizia que quem fere o pobre fere a Deus. E acredito que o que está acontecendo agora é a mão de Deus pesando neste governo, porque a reforma da Previdência atinge o pobre”.

Ainda no discurso, o vereador Pedrinho Alves disse ser contra os supersalários de políticos, agentes de Justiça e outros grandes cargos do funcionalismo público. “Neste país ninguém precisa ganhar mais de R$ 15 mil. É injustificável um salário de até R$ 100 mil, como vemos em alguns órgãos federais”.

Autor / Fonte: Folha do Sul / Rildo Costa

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