Publicada em 18/01/2024 às 09h09
A atenção especial está voltada para o papel da empresa na deflorestação da Amazônia, com parlamentares alertando para as implicações ambientais antes de dar luz verde à entrada da JBS no mercado de ações dos EUA.
A JBS, atualmente envolvida em uma disputa judicial em Rondônia, é acusada de adquirir gado em áreas protegidas, um cenário amplificado pelas auditorias do Ministério Público Federal. Apesar do compromisso declarado da empresa em atingir emissões líquidas zero até 2040 e garantir rastreabilidade total de sua pecuária até 2025, as estratégias ambientais da JBS estão sendo questionadas.
Críticos argumentam que os esforços da empresa, incluindo o Fundo JBS Amazônia, que alocou US$ 51 milhões para conservação, são considerados insuficientes à luz de suas substanciais vendas líquidas, totalizando cerca de US$ 209 bilhões entre 2021 e 2023.
Não são apenas observadores externos que expressam preocupações; a JBS enfrenta resistência de dentro de suas próprias fileiras.
Carlos Nobre, membro do conselho de administração, manifestou publicamente sua insatisfação com os projetos de sustentabilidade da empresa. Ademais, grupos ambientalistas estão ativamente se opondo à possível listagem da JBS na Bolsa de Valores de Nova Iorque, alertando para o potencial aumento da deflorestação e suas implicações nas mudanças climáticas.
Estes eventos posicionam a JBS no epicentro de um debate controverso enquanto busca expandir sua presença financeira no mercado global.