EDITORIAL

O deletério sabor do poder: como a birrinha por status na Casa Civil atinge a Polícia da gestão Coronel Marcos Rocha

Porto Velho, RO — Algo que talvez não tenha sido observado pelo (a) leitor (a) na reviravolta do caso das supostas notícias falsas montadas a fim de denegrir a imagem do ainda secretário-chefe da Casa Civil -- o empresário Júnior Gonçalves --,  foi a sutil esculhambada patrocinada pelo juiz Pedro Sillas Carvalho nos experientes delegados da Polícia Civil (PC/RO) Marcelo Cozac Bomfim e Samir Abboud Fouad, este último, diga-se de passagem, chefe do órgão investigador.

ENTENDA
Caso das supostas 'fake news' chega ao Judiciário e envolve Júnior Gonçalves, a ex-subchefe da Casa Civil Érika Gerhardt e o advogado Richard Campanari


A picuinha por poder e status que chegou às raias d o Judiciário, escancara, infelizmente para a população, a vergonhosa contenda de vaidades em busca do sabor deletério da efêmera ascensão hirárquica no Palácio Rio Madeira.

E a maratona de postos galgados via cargo de confiança, é, ao lado da história cartorária da ex-deputada Ana da Oito, uma das situações mais vexatórias registradas oficialmente em toda a história deste jovem Estado.

Para quem não lembra, Ana da Oito registrou compromisso de venda do mandato, com porcentagem de até 33%, inclusive, ao consagrado estelionatário Alberto Ferreira Siqueira, o Beto Baba.

Já na gestão Coronel Marcos Rocha, do PSL, um dos poucos governadores que conseguiram administrar sem qualquer tipo de oposição -- ao menos considerando este primeiro ano e pouco --, a ranhura em suas ações vem de dentro para fora: é, de fato, verdadeira implosão permitida por quem jamais deteve as rédeas de seus subordinados.

Nessa disputa para ver quem tem as penas de pavão mais longas e coloridas envolvendo Richard Campanari, Érika Gerhardt e Luiz Felipe da Silva Andrade de um lado; e o pávulo Gonçalves doutro, quem perde é a sociedade que vê célula da Segurança Pública ser abalroada por esse bizarro, e provavelmente inédito, ao menos na formatação em que se apresenta, embate interno.

Em suma, o bumerangue lançado pelo titular da Casa Civil voltou e o atingiu bem na testa quando, sem querer ou não, acabou ferindo os delegados Marcelo Cozac e Samir Fouad, a dupla que levou esporro velado do magistado Pedro Sillas quanto este decidiu encerrar o inquérito "eivado de vícios". Por outro lado, o site Painel Político, dirigido pelo jornalista Alan Alex, noticiou que outro inquérito já foi aberto a fim de investigar as mesmas situações.

Agora, sobre os desdobramentos anteriores, os maiores prejudicados da história foram tanto Marcos Rocha, mandatário do Executivo estadual, quanto a figura oculta do episódio, José Hélio Cysneiros Pachá, que é quem manda na Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec/RO).

O encerramento perfeito para conferir pá de cal à questão vem diretamente do espectro progressista da filosofia tupiniquim contemporânea, portanto, fique claro, a audiência terá de abrir mão do sentimento polarizador e ler a frase a seguir com a mente aberta.

Isto, compreendendo, para todos os efeitos, que algumas manifestações não têm lado, não permitem interpretação nem exigem contexto para a efetiva aplicabilidade no plano real.

Questione  a si mesmo (a) se a sentença a seguir é verídica ou não: "Um poder que se serve, em vez de servir, é um poder que não serve", diz, sem titubear, Mário Sérgio Cortella.

TRÊS PÁGINAS DA DECISÃO ONDE O CHEFE DA POLÍCIA É CITADO: