RESENHA POLÍTICA A indignação dos produtores; Suposta relação de amizade com o capitão; Vinícius Miguel não definiu o futuro político Publicada em 10/03/2020 às 14:23 INDIGNAÇÃO Os cafeicultores do estado estão revoltados, e com razão, pela exclusão apenas de Rondônia do reajuste em 15% na tabela do preço do café conilon, em (quase) todo país. O Ministério da Agricultura (MAPA) foi o responsável por estabelecer o aumento e por retirar da tabela o café produzido em Rondônia sem uma explicação plausível. O conilon é a espécie de grão que se adaptou bem ao solo rondoniense o que elevou o estado à condição de grande produtor. A exclusão causou indignação nos produtores, em particular contra a inércia das autoridades políticas estaduais. SIAMESES Na campanha eleitoral o coronel Marcos Rocha usou e abusou do mantra de que os problemas do estado que necessitassem de ajuda do governo federal seriam resolvidos na camaradagem, em razão de uma suposta relação de amizade com o capitão Jair Bolsonaro, presidente da república. A ideia que passava ao eleitor era de uma relação siamesa, mas, ao que parece, não era verdade. Várias questões administrativas de interesse de Rondônia, e que poderiam ser resolvidas com uma caneta presidencial, o coronel não tem sucesso. INÉRCIA A agilidade nos processos da transposição, dívida do Beron e, agora, a exclusão do estado no aumento da tabela do conilon, são exemplos clássicos da inércia política do governo estadual, além da bancada federal. Sobre a falta de apoio do governo federal, é possível deduzirmos que a amizade tão explorada em campanha entre o coronel e o capitão era pura lorota. Amigo e irmão camarada acolhem um ao outro nas dificuldades. As de Rondônia são imensas. TRAMPOLIM Aliás, em se falando no processo da transposição, é um tema explorado politicamente em todas as eleições desde 2009. Tem sido um processo lento, moroso e cruel para quem aguarda uma solução administrativa que definirá seu futuro profissional. A coluna foi aos bastidores e descobriu que há mesmo uma embromação proposital de tecnocratas que criam obstáculos nas análises dos processos para atender interesses políticos inconfessáveis. O que não falta são os manipuladores que usam o tema e a angústia do servidor como trampolim para as ambições políticas. ECONOMIA A crise mundial que afeta os mercados internacionais é a prova de fogo para o falante ministro da economia Paulo Guedes. Mais de 40 bilhões das nossas reservas foram usados para tentar conter a escalada do dólar e impedir a quebradeira das bolsas. Quando a economia vai mal o governo padece, é assim aqui e alhures. Esta crise tem característica cascata. Discurso cascateiro não conterá o abismo e nem segura também ninguém. ENQUETE Em momentos pré-eleitorais, como agora, é comum que vejamos todo tipo de enquete aferindo a popularidade dos nomes que circulam nas mais variadas mídias digitais para as eleições municipais. A enquete, devido à carência de instrumentos científicos, não afere bulhufas nenhuma, em particular a preferência do eleitor. Apenas anima as torcidas dos prováveis candidatos e infla os egos dos pesquisados. Quanto aos números tabulados, acredita quem quiser. A ilusão reacende esperanças nos períodos pré-eleitorais. O jogo da sucessão municipal vale de verdade depois das convenções. O resto é lorota! OPÇÕES O professor universitário e ex-candidato a governador Vinícius Miguel ainda não definiu o futuro político a seguir este ano. Há duas probabilidades: disputar as eleições municipais da capital ou ser candidato a reitor da Universidade Federal de Rondônia. Em ambos casos, é um nome com capilaridade política capaz de surpreender outros mais badalados. Nas eleições estaduais passadas, exceto o fenômeno Bolsonaro que catapultou um desconhecido coronel ao cargo de governador, Vinícius surpreendeu com a maior votação na preferência dos eleitores da capital. Uma opção em que o eleitor percebeu como renovação na política sem discursos ideológicos atrasados nem em desuso. Vice, nunca! O professor Vinícius avalia com tranquilidade as probabilidades eleitorais e, em uma conversa franca com este cabeça chata, a única decisão é que não vai aceitar proposta para coadjuvar campanha de ninguém. Há muitos convites para que ele aceite ser vice-prefeito. São convites oportunistas de olho gordo no eleitorado jovem que compreendeu as propostas do professor e a capilaridade acumulada nas eleições estaduais passada são credenciais suficientes para pleitear o cargo de prefeito. Se vai repetir o mesmo desempenho, saberemos após as urnas apuradas. Nada adiantará os espertos fazerem as previsões cabalísticas contrárias. Se tiver juízo: vice, Vini, nunca! Fonte: Robson Oliveira Leia Também Uruguai deixa Unasul e regressa ao tratado de defesa com EUA Gestão estratégica e priorização de projetos são temas de reunião no TJRO Prefeitura de Porto Velho realiza capacitação dos professores da educação infantil Prefeitura entrega trator por meio de chamamento aos agricultores da APRONA Prefeitura informa ao contribuinte como é calculado o valor do IPTU 2020 Twitter Facebook instagram pinterest