Coronavírus: A UNIR e a imprudência do reitor Ari Ott

ATUALIZAÇÃO: 



EM MENOS DE UMA HORA APÓS A VEICULAÇÃO DA COLUNA, O REITOR ARI OTT SUSPENDEU AS AULAS NA UNIR A PARTIR DE QUARTA-FEIRA (18)

LINK ORIGINAL: https://www.unir.br/index.php?pag=noticias&id=28023

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Porto Velho, RO — O reitor da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Ari Ott, vem agindo de forma imprudente em relação à ameaça pandêmica à qual tornaram-se as consequências desencadeadas pelo Coronavírus em toda a Terra.

E digo isto nas linhas inaugurais deste texto apenas para sintetizar de maneira bem precária um assunto que merece digressão maior, muito maior.

Embora o surto seja um fato notório no mundo inteiro, conforme já pontuado, a Reitoria da UNIR pouco -- ou nada! --, fez para preservar as vidas sob incumbência educacional da instituição federal. Em suma, tutores e acadêmicos

É impossível não reagir com espanto à passividade do professor, que, além de mandatário do educandário, é, veja a ironia, médico.

Pois é...

Imprescindível relembrar que a própria Universidade integra o Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus em Rondônia, incorporação concebida através de convite formalizado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau/RO) da gestão Coronel Marcos Rocha (PSL).

No entanto, nessa condição, até o momento, não suspendeu as aulas presenciais.

Deliberou, aí de maneira tanto quanto irresponsável, que a pausa iniciasse apenas na segunda-feira (23).  

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E é importante frisar que, a despeito de Rondônia não ter confirmado casos, além de não significar exatamente que eles não existam --, muito por conta tanto da desinformação quanto do caminho burocrático para se obter diagnóstico do Covid-19 --, o vizinho, Acre, sacramentou três situações nesta terça-feira (17).

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Um fator de risco que merece ser anotado é: os professores da UNIR, com admirável reconhecimento pela comunidade científica, transitam por vários países em seminários acadêmicos.

A coluna tem notícia de ao menos dois casos de servidores que chegaram recentemente da Europa.

Acorda, Ari Ott! / Divulgação 

No momento em que o Estado de Rondônia decreta a suspensão das atividades de ensino, a Reitoria não pode, quer dizer, ao menos não deveria, claro, enxergar-se como uma espécie de principado capaz de ignorar regras de prevenção.

A atitude é descabida, não menos, pelo fato dos estudantes dirigirem-se -- aos montes! --, em ônibus tradicionalmente lotados, o que é um fator de risco nas atuais circunstâncias.

A instituição, usualmente, nem sabão possui para os estudantes higienizarem as mãos. Aliás, vale relembrar que, embora por razões alheias à instituição,  pasme o (a) leitor (a), até mesmo água faltava no campus!

Enquanto o Centro de Medicina Tropical de Rondônia (CEMETRON) determinou à empresa prestadora de serviço de limpeza que forneça equipamentos e instrução aos colaboradores, na Universidade, até essa manhã, os funcionários terceirizados de limpeza estavam circulando sem máscaras e, após interpelação do veículo, não possuíam álcool. É um total absurdo.  

Sem água, sem sabão, sem álcool, expondo estudantes e terceirizados ao risco de contágio, descumprindo um decreto estadual: o reitor está fazendo birra ou encarnando o terraplanismo em tempos de pandemia?

Acorda, cara!