SAÚDE EUA testam dois genéricos em corrida por tratamentos para coronavírus Publicada em 19/03/2020 às 14:52 Pesquisadores dos Estados Unidos, seguindo o exemplo de cientistas de outros países, iniciaram estudos para descobrir se remédios genéricos amplamente disponíveis e de baixo custo podem ser usados para ajudar a tratar a doença causada pelo novo coronavírus. Atualmente, não existem vacinas nem tratamentos para a doença respiratória altamente contagiosa Covid-19, por isso os pacientes só podem receber cuidados paliativos por enquanto. Mas um teste com 1,5 mil pessoas liderado pela Universidade de Minnesota foi iniciado nesta semana para verificar se a hidroxicloroquina, usada para tratar a malária, pode evitar ou reduzir a severidade do Covid-19. Dois outros testes estão estudando o remédio para pressão arterial losartana como tratamento possível para a doença. O medicamento para malária, também sendo testado na China, Austrália e França, foi elogiado no começo desta semana pelo executivo-chefe da Tesla, Elon Musk, que se recuperou da malária no ano 2000 depois de usá-lo. Além de ter um efeito antiviral direto, a hidroxicloroquina suprime a produção e liberação de proteínas envolvidas nas complicações inflamatórias de várias doenças virais. "Estamos tentando alavancar a ciência para ver se podemos fazer algo além de minimizar os contatos", disse o doutor Jakub Tolar, reitor da Escola de Medicina da Universidade de Minnesota e vice-presidente de questões clínicas. "Os resultados são prováveis em semanas, não meses". A maioria das pessoas infectadas com o novo coronavírus só desenvolve sintomas leves semelhantes aos da gripe, mas cerca de 20% pode ter doenças mais graves que podem levar a uma pneumonia, exigindo hospitalização. O vírus de disseminação rápida, que surgiu na China em dezembro e agora está em mais de 150 países, já infectou mais de 214 mil pessoas e matou mais de 8.700 em todo o mundo. Especialistas dizem que pode demorar um ano ou mais para se preparar uma vacina preventiva, por isso tratamentos eficientes são necessários com urgência. Na terça-feira (17), uma equipe francesa disse que os resultados iniciais de um teste de hidroxicloroquina com 24 pacientes mostrou que 25% dos que receberam o remédio ainda portavam o coronavírus depois de seis dias -- a taxa foi de 90% entre os que receberam um placebo. Também nesta semana, a Universidade de Minnesota lançou dois testes com a losartana: um para medir se a medicação diminui o risco de falência dos órgãos de pacientes com Covid-19 que foram hospitalizados e outro para verificar se o remédio consegue limitar a necessidade de hospitalizações. Fonte: Agência Brasil Leia Também EUA testam dois genéricos em corrida por tratamentos para coronavírus Governo fecha fronteiras terrestres com países sul-americanos Argentina avalia decretar quarentena geral e obrigatória Correios mantêm serviços e recomendam uso de canais eletrônicos Justiça do Trabalho de RO e AC suspende audiências, sessões e atendimento ao público presenciais Twitter Facebook instagram pinterest