PANDEMIA Contra novos surtos, OMS pede que países que decidirem relaxar isolamento adotem intervalo de 2 semanas entre cada estágio Publicada em 15/04/2020 às 16:06 Os países que amenizarem as restrições impostas para combater a disseminação do coronavírus deveriam esperar ao menos duas semanas para avaliar o impacto de tais mudanças antes de afrouxá-las novamente, recomendou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira (15). Em sua "Atualização de Estratégia" mais recente, a agência das Nações Unidas disse que o mundo está em uma "conjuntura essencial" da pandemia e que "velocidade, escala e igualdade precisam ser nossos princípios centrais" ao se decidir que medidas são necessárias. Todo país deveria implantar medidas abrangentes de saúde pública para manter um estado contínuo e sustentável de transmissão baixa ou nula e preparar sua capacidade de sobrecarga para reagir rapidamente de forma a controlar qualquer surto, disse a OMS. Agora algumas das nações mais atingidas pelo vírus estão cogitando suspender isolamentos e começar a transição para uma retomada da vida normal. A atualização da OMS disse que tais medidas deveriam ser adotadas gradualmente, dando tempo para se avaliar seu impacto antes de novos passos serem dados. "Para diminuir o risco de novos surtos, as medidas deveriam ser suspensas de maneira paulatina, passo a passo, com base em uma avaliação dos riscos epidemiológicos e dos benefícios socioeconômicos de se suspender restrições em diversos locais de trabalho, instituições educativas e atividades sociais", propôs a OMS. "Idealmente, haveria um mínimo de 2 semanas (correspondente ao período de incubação da Covid-19) entre cada fase da transição, para haver tempo suficiente para se entender o risco de novos surtos e reagir adequadamente", afirmou a organização. A entidade alertou que o "risco de reintrodução e ressurgimento da doença continuará". Crítica dos EUA à OMS A organização sediada em Genebra emitiu seu alerta no momento em que sofre críticas dos Estados Unidos por sua reação inicial à pandemia. O presidente norte-americano, Donald Trump, disse na terça-feira que Washington, maior doador da OMS, suspenderá o envio de verbas para a organização. Nos EUA, que têm o maior número de casos confirmados e mortes, Trump tem tido atritos com alguns governadores estaduais sobre quem tem autoridade para começar a reativar alguns negócios do país. Flexibilização do isolamento A China começou a descartar algumas das restrições mais rigorosas impostas à província de Hubei, onde a doença surgiu no final do ano passado. Países europeus começaram a adotar medidas de pequena escala para reduzir isolamentos severos. É o caso da Dinamarca, que estava com uma restrita política de confinamento desde 12 de março, e parte das crianças voltaram nesta quarta para a escola. O governo já anunciou que a suspensão das restrições será gradual. Na segunda-feira (13), a Espanha liberou algumas atividades não essenciais, como indústrias e construção civil, a retomarem suas atividades sob estritas regras de segurança. Máscaras foram distribuídas no metrô da capital, Madri. A França anunciou que as crianças devem retomar os estudos em 11 de maio. Fonte: G1 Leia Também Contra novos surtos, OMS pede que países que decidirem relaxar isolamento adotem intervalos Após confirmação de bancária com covid-19, Justiça determina afastamento de funcionários da agência Madeira-Mamoré da Caixa Comissão externa da Câmara pedirá reunião com Bolsonaro MP instaura procedimento para acompanhar compras em regime de urgência pelo Município de Porto Velho Áustria libera treinos de futebol em clubes de 1ª e 2ª divisões Twitter Facebook instagram pinterest