CLASSIFICAÇÃO DE RISCO Standard & Poor's reduz perspectiva da nota do Brasil para estável Publicada em 07/04/2020 às 09:00 A agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) reduziu de positiva para estável a perspectiva da nota da dívida pública brasileira. A decisão foi divulgada na noite desta segunda-feira (6) e ocorre quase quatro meses depois de a agência ter indicado que poderia subir a nota do país. A perspectiva estável significa que a agência não pretende mudar a nota do país nos próximos dois anos. Atualmente, a S&P concede nota BB- para o Brasil, três níveis abaixo do grau de investimento, garantia de que o país não corre risco de dar calote na dívida pública. A perspectiva positiva indica que a nota poderia ser elevada. Em comunicado, a S&P citou três fatores para justificar a decisão. O primeiro foi a desaceleração ou a queda no Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas) neste ano decorrente do agravamento da crise provocada pela pandemia de coronavírus. O segundo é o aumento de gastos pelo governo para enfrentar a Covid-19 e evitar demissões em massa. As despesas maiores elevam a dívida pública. A agência, no entanto, citou como agravante a tensão política. Segundo o comunicado, existe um “aumento de incerteza em relação a capacidade de avançar na agenda de reformas estruturais uma vez que a pandemia se dissipe, dado o desentendimento contínuo entre os poderes Executivo e Legislativo”. Desde janeiro de 2018, a S&P enquadra o Brasil três níveis abaixo do grau de investimento, mesma nota concedida pela Fitch, outra das principais agências de classificação de risco. A Moody’s classifica o país dois níveis abaixo do grau de investimento. Procurado pela Agência Brasil, o Ministério da Economia informou que não comentará a diminuição da perspectiva da nota brasileira pela S&P. Fonte: Agência Brasil Leia Também Standard & Poor's reduz perspectiva da nota do Brasil para estável Venezuela decreta estado de sítio na fronteira com a Colômbia Inflação de cesta de compras de idosos chega a 0,88% no 1º trimestre OMS alerta sobre afrouxar medidas contra coronavírus cedo demais Pela 1ª vez desde janeiro, China não registra mortes por covid-19 Twitter Facebook instagram pinterest