ECONOMIA CNI projeta queda de 4,2% na economia este ano Publicada em 11/05/2020 às 11:03 A Confederação Nacional da Indústria (CNI) projeta queda de 4,2% na economia este ano. O cenário é considerado o mais provável pela confederação para o recuo do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país). Para a CNI, o grau de sucesso das medidas econômicas para reduzir os impactos da crise provocada pelo coronavírus, e a extensão da quarentena, serão determinantes do PIB. Diante desse quadro, o estudo Informe Conjuntural traça três cenários para 2020: um pessimista, um base e um otimista. A previsão para o PIB antes da crise causada pela pandemia da covid-19, de dezembro de 2019, era de crescimento de 2,5% este ano. “A expectativa é de que as medidas econômicas para enfrentar a crise vão, neste cenário, possibilitar uma recuperação mais rápida, impedir a falência de um grande número de empresas e o aumento significativo do desemprego, além de reduzir os impactos sobre problemas logísticos, falta de insumos e sobre o emprego e, assim, possibilitar uma recuperação mais rápida”, disse o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, em nota. De acordo com a CNI, no cenário mais provável, o PIB industrial vai recuar 3,9% neste ano em relação ao ano passado. Em um cenário pessimista, a queda será de 7%. Na melhor das hipóteses, espera-se retração de 1,8% do PIB industrial. Se as medidas de auxílio econômico se mostrarem insuficientes para impedir uma redução forte na renda das famílias e uma falência generalizada de empresas, a queda do PIB brasileiro será de 7,3%, diz a confederação, avalia a CNI. Em um cenário otimista, embora considerado menos provável pela CNI, as medidas econômicas de proteção da renda e de acesso ao crédito vão evitar que os efeitos econômicos de março e abril tenham impactos permanentes, com queda significativa do emprego e da renda e que não desestruturem os canais de distribuição e acesso aos insumos. Retomada da economia Segundo a CNI, a simulação prevê que não será possível evitar totalmente o fechamento de empresas, a queda do faturamento e dificuldade de acesso ao crédito, o que tornará os empresários mais cautelosos, com efeitos negativos diretos sobre o PIB. Há também o fato de o comércio internacional ter sido bastante afetado pela pandemia, o que dificultará o crescimento das exportações brasileiras. Esse cenário, acrescenta a CNI, também depende da evolução da pandemia, pois ainda não se sabe se o avanço do coronavírus vai permitir o relaxamento das medidas mais duras de distanciamento social. Na avaliação da CNI, o governo precisa continuar na busca pela redução da dívida pública, comprometido com o equilíbrio fiscal e com o controle da inflação, para aumentar a confiança no país e a atração de investimento. Medidas A CNI lembra que uma série de medidas foram adotadas pelo governo federal para enfrentar a crise de saúde pública e econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus. Mas, para a CNI, a questão agora é garantir que essas medidas sejam efetivas e tenham a intensidade necessária. Além disso, a confederação destaca que ainda faltam novas medidas para que as empresas tenham acesso aos recursos disponíveis para financiamento. Em momentos de elevado risco, como o atual, as instituições financeiras elevaram os custos e as exigências de garantias para realizar as operações. Para a CNI, a saída para o problema do acesso ao crédito exige que o risco seja assumido pelo Tesouro Nacional, como ocorreu na Europa e nos Estados Unidos. “É o único modo de se minimizar pedidos de falência de uma grande quantidade de empresas e o desaparecimento dos empregos”, disse o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. Fonte: Agência Brasil Leia Também Prefeitura abre processo para leilão de bens imóveis, móveis e inservíveis. Wuhan relata primeiro foco de coronavírus desde fim do isolamento Homens são os mais afetados pelo novo coronavírus no município Semusa pede apuração rigorosa para sargento que ameaçou profissionais da saúde do CEM MP de Rondônia estabelece fluxo para acompanhar casos suspeitos de coronavírus entre Membros e Servidores Twitter Facebook instagram pinterest