JUSTIÇA Pandemia: operação investiga corrupção em contrato sem licitação no DF Publicada em 15/05/2020 às 09:09 Com o objetivo de apurar irregularidades em contratação emergencial, sem licitação, firmadas pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (15) a Operação Grabato. A suspeita é de que tenha havido direcionamento do contrato. As irregularidades, inicialmente detectadas pelo Ministério Público, estão relacionadas à contratação - durante o período de emergência sanitária em razão da pandemia de covid-19 - de empresa para gerenciamento de aproximadamente 200 leitos no hospital de campanha construído no Estádio Nacional Mané Garrincha, com inauguração prevista para os próximos dias. O contrato é de aproximadamente R$ 79 milhões. Também estão sendo investigados os procedimentos de contratação de empresa para gerir as UTIs do Hospital da PMDF e de aluguel de ambulâncias, ambas relacionadas aos esforços de enfrentamento à pandemia. A suspeita é que a empresa contratada tenha se aproveitado da situação de calamidade para, com a participação de servidores públicos, burlar as regras legais e firmar contrato com a Secretaria de Saúde causando prejuízo aos cofres públicos. A investigação é comandada pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pela Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do Distrito Federal , em conjunto com a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social e a Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Operação Na ação de hoje foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão nas regiões de Taguatinga, Asa Norte, Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e Lago Sul, em empresas e residências de empresários e do servidor público envolvido, bem como na Subsecretaria de Infraestrutura em Saúde da SES-DF, responsável pela contratação. Nas diligências, o alvo dos investigadores eram elementos para subsidiar as investigações em andamento que, segundo a CGU "apontam, até o momento, para a ocorrência dos crimes de inobservância deliberada das formalidades pertinentes à dispensa de licitação e estelionato contra a administração pública que, após análise do material apreendido, podem chegar a outros crimes e à quantificação do prejuízo ao erário". Participaram da operação de hoje 40 policiais civis, entre delegados, agentes, escrivães e peritos criminais, além de promotores e analistas do MPDFT e dois auditores da CGU, todos utilizando equipamentos de proteção individual (EPIs) que também foram fornecidos às pessoas que se encontravam nos locais alvos das buscas como medida de prevenção à disseminação do novo coronavírus. Até o fechamento dessa reportagem, procurada pela Agência Brasil, a assessoria do governo do Distrito Federal disse que ainda não tinha um posicionamento sobre o assunto. Fonte: Agência Brasil Leia Também Pandemia: operação investiga corrupção em contrato sem licitação no DF Receita Federal lança aplicativo CPF digital Maia pede que Bolsonaro adie provas do Enem por causa da pandemia Petrobras registra prejuízo de R$ 48 bi no primeiro trimestre do ano Covid-19: Câmara aprova projeto que cria regime jurídico especial Twitter Facebook instagram pinterest