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ISOLAMENTO SOCIAL

Acordo entre Prefeitura e Estado prevê retorno da Fase 1 de isolamento social em Porto Velho

Publicada em 29/06/2020 às 17:01

As providências para o enfrentamento da Covid-19 em todo o Estado foram o centro das discussões de uma audiência de conciliação da Segunda Vara de Fazenda Pública, nesta segunda-feira, 29. O ato contou com a participação de representantes do Estado e do Município, e de outras instituições como Ministério Público Federal, Ministério Público do Estado, Ministério Público do Trabalho, Tribunal de Contas do Estado, além de pesquisadores e empresários, que utilizaram da plataforma Google Meet, sendo transmitida ao vivo pelo Canal do TJRO, no YouTube, e aconteceu em razão de uma ação movida pela Prefeitura de Porto Velho contra o Estado, para adoção de medidas mais rígidas de isolamento social. Como resultado, a ação foi suspensa e o Estado retroagiu o isolamento para a Fase 1.

A audiência foi mediada pelo juiz titular da Segunda Vara da Fazenda Pública, Edenir Sebastião Albuquerque da Rosa, e durou mais de seis horas. “A audiência teve o propósito que todas as partes fossem ouvidas para chegar à solução mais razoável e buscar um alinhamento entre Estado e Município acerca dessa questão”, analisou. O magistrado sugeriu avaliações setorizadas para apontar onde há uma maior incidência de casos. O decreto estabelece que a cada 14 dias os dados são reavaliados para definição de fases de isolamento.

Apresentando dados e projeções de aumento de casos, a Secretaria de Saúde de Porto Velho (Semusa) acionou a Justiça para que o Estado decrete o lockdown (bloqueio total de atividades não essenciais), a fim de reduzir a transmissão do vírus. Na Ação de Obrigação de Fazer, o Município de Porto Velho destaca que a alteração pelo Decreto Estadual n. 25.138, assinado no dia 15 de junho de 2020, “foi sem qualquer justificativa plausível para sua concretização”. O documento possibilitou a flexibilização do isolamento social no Município, com abertura de comércio, restaurantes, shopping e academias. Segundo dados oficiais da Secretaria de Estado de Saúde, Rondônia registra mais de 19 mil casos confirmados de Covid-19, com quase 500 óbitos. Dados da secretaria revelam que mais de 80% dos leitos de UTI no Estado estão ocupados. “Nós poderíamos ter decretado o lockdown, mas não temos a polícia, precisamos do apoio do Estado”, disse o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves. 

Durante a audiência, o Estado propôs a manutenção do decreto, com a volta da fase 2 para a fase 1 de isolamento social, em que o distanciamento é mais rígido, em Porto Velho. No entanto, o Estado ressaltou que o decreto prevê reavaliações a cada 14 dias, sendo a próxima a ser realizada ainda nesta segunda-feira (29) e que o critério para a evolução das fases se baseia na capacidade de leitos de UTI. Atualmente, mais de 80% dos leitos estão ocupados, segundo dados do Estado, o que faz que a macrorregião de Porto Velho permaneça na Fase 1.  “É importante que, diante dessa proposta do Estado, os técnicos do Estado e Município se juntassem e fizessem um trabalho proativo para os próximos 14 dias”, defendeu o procurador-geral do Estado, Juraci Jorge. O governador do Estado Marcos Rocha destacou que a PM aplicou mais de 50 sanções às pessoas que descumpriram o isolamento social. “A falta de respeito está fora da área de trabalho. Dentro da área de trabalho, os donos de negócios têm adotado medidas necessárias”, disse.

Ao ser questionado sobre o andamento das ações que busquem aumentar a capacidade do Estado no enfrentamento, Fernando Máximo garantiu que, ainda nesta semana, devem ser abertos 10 novos leitos de UTI no Hospital de Campanha, além da perspectiva com a estruturação do CERO, o Centro de Reabilitação de Rondônia, que fica localizada na Zona Leste da Capital. “O CERO é nosso próximo passo. Tem 30 leitos, podendo chegar até 52 leitos”, ressaltando que  para garantir isso, depende de entrega de equipamentos e fechamento de contratos. Máximo destacou a escassez de profissionais médicos para atuarem nas unidades como fator limitante na atuação da Secretaria.

A Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho defendeu o enrijecimento do distanciamento social como única medida viável para reduzir casos. “Além de dificuldade de profissionais temos dificuldades de medicamentos. Para utilização dos ventiladores precisa do medicamento e estamos com dificuldade nessa aquisição. Nossa proposta é uma estratégia para diminuir o número de contaminados. Isso é imprescindível”, defendeu a secretária adjunta da pasta, Marilene Penatti

Durante a audiência, o pesquisador e professor da Universidade Federal de Rondônia, Artur Moret, autor de estudos que amparam órgãos de controle, apresentou dados que estimam que, caso o comportamento do vírus se mantenha, o Município de Porto Velho pode contabilizar 34 mil infectados e em torno de 1.200 mortos até o final da pandemia. “Senão interrompermos o processo de contaminação, não vamos conseguir diminuir essa tendência de crescimento, e sabemos que a principal questão que envolve essa contaminação é o contato social”, disse.

O presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Paulo Curi Neto, “Constatamos que há um esforço hercúleo para que a administração reúna condições para o enfrentamento da pandemia. Mas temos que registrar debilidades importantes. Há, muito claramente, a iminência de um colapso de disponibilização na oferta de leitos de UTI”, ponderou. Outros órgãos de controle, como MPF e MP, manifestaram preocupação com oferta de vagas de leitos de UTI, em função do aumento de casos.

Economia
Empresários d
e Porto Velho, que compõem um movimento intitulado “Pensar Rondônia”, manifestaram preocupação com o impacto econômico em função do fechamento parcial do comércio. “Mais de 25% das empresas estão falidas, e isso significa desemprego”, destacou o empresário Francisco Holanda, ao defender um isolamento de menor prazo. A doação de medicamentos utilizados no tratamento da doença, por empresários, também foi ressaltada.

Fonte: TJ-RO

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