BASTIDORES Ex-assessor da Casa Branca diz que Trump pediu ao presidente da China ajuda para se reeleger, diz jornal Publicada em 17/06/2020 às 16:26 O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu a Xi Jinping, da China, que o ajudasse nas eleições presidenciais norte-americanas de 2020. Para isso, o republicano pediu ao líder chinês que comprasse produtos agrícolas de fazendeiros dos EUA. Esse é um dos trechos do livro que deve ser publicado nos próximos dias pelo ex-assessor de Segurança Nacional dos EUA John Bolton, divulgado nesta quarta-feira (17) pelo jornal norte-americano "The Washington Post". O pedido, segundo Bolton, ocorreu em junho de 2019, na reunião do G20 no Japão. Primeiro, Xi teria reclamado sobre os ataques feitos por autoridades dos EUA à China, e Trump respondeu que essas hostilidades partiam do Partido Democrata, de oposição. "Ele [Trump] então, surpreendentemente, mudou o assunto para as eleições presidenciais dos EUA, mencionando a capacidade econômica da China em afetar campanhas em andamento e pedindo a Xi que garantisse sua vitória", diz o trecho, segundo o "Post". O presidente Trump tenta na Justiça adiar o lançamento do livro de Bolton, previsto para semana que vem. A Casa Branca argumenta que a publicação terá conteúdo confidencial. Para Trump, seu ex-aliado pode sofrer "um problema criminal" se ele não desistir do lançamento. Quem é John Bolton John Bolton atuou como conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca entre março de 2018 e setembro de 2019 — quando acabou demitido por apresentar "discordâncias fundamentais" sobre como lidar com políticas externas em relação ao Irã, Coreia do Norte e Afeganistão, segundo o jornal "The New York Times". Em novembro de 2018, Bolton visitou o Brasil e se reuniu com Jair Bolsonaro. Ele foi o primeiro emissário do governo Trump a visitar o então presidente eleito. Em janeiro deste ano, a notícia de que Bolton estava prestes a publicar um livro de memórias sobre o tempo que passou na Casa Branca gerou tensão nos arredores de Trump — sobretudo porque se temia que o ex-assessor daria provas sobre o caso do telefonema com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O processo de impeachment de Trump com base no suposto pedido de interferência externa passou pela Câmara, mas o republicano acabou inocentado após julgamento no Senado. Fonte: G1 Leia Também Ex-assessor diz que Trump pediu ao presidente da China ajuda para se reeleger, diz jornal Presidente de Honduras e esposa são diagnosticados com coronavírus Maioria do STF vota pela legalidade do inquérito sobre fake news Confira a previsão do tempo para esta quinta-feira em Rondônia FACEBOOK - Pesquisa aponta site como maior plataforma de fake news Twitter Facebook instagram pinterest