SAÚDE UFRJ recomenda lockdown no Rio para conter covid-19 Publicada em 01/06/2020 às 14:31 No momento em que prefeituras e estados começam a discutir a reabertura do comércio, após as restrições impostas para evitar a propagação da pandemia do novo coronavírus, o Grupo de Trabalho Multidisciplinar da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) sobre a covid-19 (GT UFRJ) recomenda medidas mais duras, como o bloqueio total, chamado de lockdown, em áreas do estado do Rio de Janeiro. De acordo com a Nota Técnica, divulgada no fim de semana, não há evidências que mostrem diminuição no nível de contágio no estado, que pode ter o pico do processo epidêmico a partir do próximo final desta semana, chegando a 55.000 casos confirmados e 13.000 óbitos. As projeções foram feitas com base nos registros da Secretaria de Estado da Saúde (SES) do dia 9 de maio. Ontem, já eram 5.344 óbitos e 53.388 casos confirmados, além de 1.293 óbitos em investigação. Segundo os cientistas, os esforços iniciais para conter a pandemia contribuíram para reduzir a velocidade da propagação da doença ao longo do tempo, chamado tecnicamente de valor do indicador de reprodutibilidade da doença (R). Mas a nota ressalta que a situação ainda é “extremamente preocupante”. “Os resultados indicam que o valor do indicador de reprodutibilidade da doença (R) ainda é muito alto (um valor maior do que 2!), sugerindo que ações mais firmes (lockdown) para desacelerar com mais intensidade a velocidade de espalhamento do SARS-CoV-2 e a consequente propagação da doença em larga escala na população ainda devam ser consideradas nas diferentes localidades do estado do Rio de Janeiro”, diz o documento. Em todas as áreas analisadas, o Covidímedro da UFRJ indica a necessidade de lockdown, já que o nível de espalhamento da doença está maior do que 2, ou seja, cada pessoa com covid-19 contamina pelo menos outras duas. O nível moderado de espalhamento seria R entre 0,9 e 1,2. Para o Estado do Rio de Janeiro R foi calculado em 2,25 e para a cidade do Rio de Janeiro ficou em 2,15. No início das medidas de isolamento social, em meados de março, o nível de espalhamento da covid-19 no estado estava em 5,5. Nível de isolamento A nota indica também a relação entre o nível de isolamento no estado e o número de casos de covid-19, com base na mobilidade de telefones celulares, desde 1º de fevereiro até o dia 23 de maio. Segundo os cientistas, o aumento ou diminuição do nível de isolamento se reflete no número de casos 16 dias depois. “É possível observar que o nível de isolamento social, de acordo com esse indicador de mobilidade, se manteve, em média, acima de 50% de 16/03 a 02/05, sendo que a partir de 03/05, esse indicador de mobilidade sugere que o nível de isolamento social foi próximo de 40%, portanto com aumento de movimentação nas ruas”. Com isso, a nota aponta para um maior número de casos a partir do final da primeira semana de junho e a desaceleração na queda da propagação da doença no estado. Fonte: Agência Brasil Leia Também UFRJ recomenda lockdown no Rio para conter covid-19 Bolsonaro pede que apoiadores não saiam às ruas no próximo domingo Crédito emergencial para folha de pagamento será ajustado, diz BC Projeto sobre fake news na pauta do Senado divide opiniões Grande participação no Conecta Sebrae Cafeicultura Twitter Facebook instagram pinterest