VACINA Combate à Covid-19 Testes de vacina chinesa em brasileiros começam no dia 20 Publicada em 06/07/2020 às 15:46 O governo de São Paulo anunciou nesta segunda-feira (6) que o recrutamento de voluntários para a terceira fase de testes da vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela farmacêutica chinesa de biotecnologia Sinovac começa na próxima segunda-feira (13). Na sexta (3), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a nova etapa do projeto realizado pelo laboratório chinês em parceria com o Instituto Butantan. Em todo o Brasil, serão escolhidos 9 mil voluntários distribuídos em São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal. Segundo o governador João Doria (PSDB), após o recrutamento, a vacina deve começar a ser aplicada nos voluntários no dia 20 de julho. Apenas profissionais de saúde que estejam na ativa poderão participar do estudo. Outros pré-requisitos são que os voluntários não tenham se contaminado pela Covid-19 e morem perto de um dos 12 centros de pesquisa que conduzirão o projeto. "A inscrição será obrigatoriamente para profissionais de saúde, médicos, paramédicos, enfermeiros, os que estão atuando e os que já atuaram. Com a autorização da Anvisa, começaremos o processo de testagem a partir do dia 20 de julho", disse Doria em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes. Vacina em testes para Covid-19 induz produção de anticorpos em 90% dos pacientes, anuncia empresa chinesa "No mundo são 136 vacinas em desenvolvimento, 12 em estudos clínicos. Desses 12, apenas 3 estão na fase chamada fase 3. Então, a partir da aprovação da Anvisa, nós nos credenciamos como uma das 3 vacinas que têm grande chance de chegar ao público muito rapidamente. E nós temos um acordo preliminar de um acesso, até o final deste ano, de 60 milhões de doses [para o Brasil] se a vacina for efetiva", afirmou o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas. A parceria havia sido anunciada no dia 11 de junho. Na ocasião, Doria disse que, se comprovada a eficácia e segurança da vacina, ela será produzida no país e disponibilizada no SUS a partir de junho de 2021. Esses novos testes da fase 3 da CoronaVac, nome da vacina, serão feitos em larga escala e precisam fornecer uma avaliação definitiva da eficácia e segurança, isto é, a vacina precisa ser capaz de criar anticorpos para imunizar contra a covid-19. Etapas Em nota, a Anvisa informou que as fases 1 e 2, feitas em humanos saudáveis e em animais, demonstraram bons resultados com o esquema de duas doses da vacina. Este é o segundo teste de vacina contra a covid-19 liberado pela Anvisa no país. No dia 2 de junho, a Agência autorizou o ensaio clínico da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido. CoronaVac A vacina da Sinovac já foi aprovada para testes clínicos na China. Ela usa uma versão do vírus inativado. Isso quer dizer que não há a presença do coronavírus Sars-Cov-2 vivo na solução, o que reduz os riscos deste tipo de imunização. Vacinas inativadas são compostas pelo vírus morto ou por partes dele. Isso garante que ele não consiga se duplicar no sistema. É o mesmo princípio das vacinas contra a hepatite e a influenza (gripe). Ela implanta uma espécie de memória celular responsável por ativar a imunidade de quem é vacinado. Quando entra em contato com o coronavírus ativo, o corpo já está preparado para induzir uma resposta imune. Cientistas chineses chegaram à fase clínica de testes – ensaios em humanos – em outras três vacinas. Uma produzida por militares em colaboração com a CanSino Biologics, e mais duas desenvolvidas pela estatal China National Biotec. Fonte: G1 Leia Também Em Rondônia, rede pública de saúde conta com testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites B e C Combate à Covid-19 Testes de vacina chinesa em brasileiros começam no dia 20 Biblioteca Viveiro das Letras promove live em comemoração aos seus 10 anos Merkel defende obrigatoriedade do uso de máscara contra a covid-19 Multas à Vale pelo rompimento de Brumadinho serão aplicadas em obras Twitter Facebook instagram pinterest