ECONOMIA Contas públicas fecham junho com déficit recorde de R$ 194,7 bilhões Publicada em 30/07/2020 às 10:50 As contas públicas fecharam o mês de junho com saldo negativo de R$ 194,7 bilhões, informou hoje (30), em Brasília, o Tesouro Nacional. O recorde no déficit primário, despesas maiores que as receitas, sem considerar no cálculo os gastos com juros, do governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) é explicado pelos efeitos da pandemia de covid-19 na economia. Em junho de 2019, o déficit primário ficou em R$ 11,8 bilhões. “Assim como no mês anterior, o déficit de junho é explicado, principalmente, pela redução significativa na arrecadação, combinada com o aumento nas despesas do Poder Executivo decorrentes de medidas de combate à crise da covid-19, bem como da antecipação do pagamento do 13º de aposentados e pensionistas do Regime Geral da Previdência Social e pagamento acumulado dos precatórios”, diz o relatório o Tesouro Nacional. No mês passado, em termos reais (descontada a inflação), a receita líquida apresentou queda de R$ 29,3 bilhões (-31%), enquanto a despesa total aumentou R$ 153,4 bilhões (+144%), quando comparados a junho de 2019. O adiamento no pagamento de impostos contribuiu para reduzir as receitas em R$ 20,4 bilhões. Também contribui para reduzir as receitas a retração na atividade econômica. No caso das despesas, o resultado foi influenciado principalmente pelas medidas de combate à crise gerada pela pandemia de covid-19 que somaram valor de R$ 96,8 bilhões no mês de junho. “Destaque para o auxílio emergencial a pessoas em situação de vulnerabilidade social (R$ 44,7 bilhões), as despesas adicionais do Ministério da Saúde e demais ministérios (R$ 19,9 bilhões), o auxílio emergencial aos estados, municípios e DF (R$ 19,7 bilhões) e o Benefício Especial de Manutenção do Emprego e Renda (R$ 7,1 bilhões)”, diz o relatório. Além disso, acrescenta o Tesouro, houve “elevação pronunciada” no pagamento de benefícios previdenciários, que cresceu 57,8% em termos reais (R$ 28,2 bilhões) devido à antecipação do pagamento de 13º de aposentadorias e pensões e no pagamento de sentenças judiciais e precatórios. Resultado acumulado No primeiro semestre, o déficit primário chegou a R$ R$ 417,2 bilhões, contra R$ 29,3 bilhões em igual período de 2019. Nesse período, a receita líquida apresentou queda de R$ 116,5 bilhões (-18,1 %) e a despesa total cresceu R$ 271,1 bilhões (+40,3%), quando comparados ao mesmo período de 2019. Para esse período, o adiamento de pagamento de tributos estimado é de R$ 81,3 bilhões, enquanto a diminuição do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nos empréstimos totalizou R$ 6,3 bilhões. Do lado da despesa, até junho de 2020, os gastos realizados das medidas de combate à crise totalizaram R$ 210,6 bilhões. “É importante destacar que os programas de combate aos efeitos econômicos e sociais da covid-19 são temporários, com execução concentrada no exercício de 2020. Adicionalmente, como a maior parte desses programas envolve ações de transferência de renda, não se espera que a sua execução gere valores elevados de restos a pagar para o exercício seguinte, como seria esperado no caso de programas de subsídios e/ou de investimento público”, destaca o Tesouro Nacional. Fonte: Agência Brasil Leia Também IBGE: 62,4% das empresas foram afetadas negativamente pela pandemia Porto Velho: Queimadas aumentam e Semi pede que população denuncie Prefeitura recebe doação com 120 protetores faciais para prevenção ao Covid-19 Gestantes são beneficiadas com enxovais do programa estadual Mamãe Cheguei Para combater a Violência contra a mulher, Semas elabora o projeto “Hoje Recebi Flores” Twitter Facebook instagram pinterest