ECONOMIA Imposto que substituirá PIS e Cofins vai prejudicar setor de serviços, diz advogado Publicada em 17/07/2020 às 10:06 O ministro da Economia, Paulo Guedes, vem dizendo que, de sua prometida reforma tributária, um dos pontos já definidos é substituir o PIS e a Cofins por um imposto único, a Contribuição sobre Bens e Serviços. Segundo Guedes, a ideia é criar um imposto único com alíquota em torno de 11% sobre o faturamento das empresas. Guedes disse que esse trecho está na Casa Civil para ser transformado em proposta. Mas a ideia já vem recebendo diversas críticas pelos efeitos que terá sobre os setores não industriais, especialmente o de serviços. De acordo com o advogado tributarista Breno Dias de Paula, ex-presidente da Comissão de Direito Tributário da OAB, o setor de serviços vai ver seus gastos com impostos até triplicarem com essa ideia. Leia também: Governo prorroga pagamento de contribuições previdenciárias Em destaque:pis e cofins•Paulo Guedes•Contribuição sobre Bens e Serviços•setor de serviços•IBGE•Firjan•Breno Dias de Paula O PIS e a Cofins são impostos pagos sobre o faturamento total da empresa no ano – ou “receita bruta”, como diz a lei. Há diversas formas de pagamento, mas as principais são pelos regimes cumulativos ou não cumulativos, explica o advogado. O imposto do regime não cumulativo é de 3,5% sobre o faturamento do ano. O cumulativo é de 9,65%, mas permite descontar do valor da receita bruta os gastos com insumos necessários ao funcionamento do negócio. A proposta do governo é acabar com o regime não cumulativo, como uma forma de evitar a tributação da cadeia produtiva e permitir que todas as empresas abatam do valor usado para calcular o imposto os gastos com insumos. Mas, segundo Breno de Paula, o setor de serviços tem poucos gastos com insumos porque sua atividade se baseia em mão de obra, e não em matéria-prima – como é o caso da indústria de transformação. Para o advogado, a ideia é inconstitucional e vai levar a questionamentos na Justiça. “Essa unificação de alíquotas viola o princípio da igualdade, porque não discrimina essas distintas aptidões tributárias”, analisa. Não será uma mudança desprezível, alerta Breno de Paula. O setor de serviços representou 75,8% do PIB nacional em 2019, segundo dados do IBGE. E 23% do faturamento das empresas do setor foram destinados ao pagamento de impostos em 2016, segundo pesquisa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Com as mudanças no PIS e na Cofins, diz Breno Dias de Paula, esses números devem dobrar. Fonte: O Antagonista Leia Também Imposto que substituirá PIS e Cofins vai prejudicar setor de serviços, diz advogado tributarista Servidora tem processo deferido pela Comissão Especial dos Ex-Territórios Federais de Rondônia, do Amapá e de Roraima Hospital municipal faz recepção para técnicas de enfermagem curadas do coronavírus Prefeitura incentiva produção de café fermentado de forma anaeróbica Prefeitura disponibiliza ivermectina de forma preventiva servidores municipais da Saúde vilhenense Twitter Facebook instagram pinterest