AGRONEGÓCIO Momento de unir forças no agronegócio; Na sombra do boi gordo; O estrago na imagem de Rondônia Publicada em 17/07/2020 às 08:50 União de forças no agronegócio Que os ventos no momento não sopram a favor do setor produtivo, principalmente comercial e industrial em Rondônia, sacrificando centenas de empregos nas áreas urbanas isso é um fato incontestável do ponto de vista da economia regional. Os fatores são diversos, porém a chegada inesperada do coronavirus colocou boa parte do que estava organizado de pernas para cima e o restante de cabeça para baixo. Desorganizou praticamente tudo. Todavia, não é oportuno arrancar os cabelos ou sair gritando que o estado está perdido. O momento é de unir forças no agronegócio nesta área geográfica de terras férteis (Rondônia) sensibilizando os grandes produtores, para que de uma maneira ou de outra continuem participando do processo produtivo no campo estendendo apoio aos pequenos, que por uma questão de justiça, se diga de passagem estão passando por algum tipo de sufoco. Isso também não é novidade. A união deles, naturalmente alcançará outras frentes minimizando os impactos negativos na economia estabelecendo condições para o equilíbrio, por exemplo, nas contas do estado. O capital desta empreitada é puro e tão somente a boa vontade política induzindo aos grandes e pequenos há caminhar na mesma direção neste momento de dificuldade, colocando o know-how de todos eles a serviços do agronegócio, que por via de conseqüência beneficiará de mamando a caducando. Ao governo do estado cabe a tarefa por meio dos órgãos ligados as atividades no campo, mostrar a importância dessa parceria entre grandes e pequenos de tal forma, que ao final da pandemia todos estejam satisfeitos. Como não se sabe quando essa crise vai passar vale à pena lembrar uma frase dos agricultores de antigamente: “cada enxadada uma minhoca e cada linhada um lambari.” Os tempos são outros, contudo as soluções são mesmas, a união de todos em torno de um só objetivo, o desenvolvimento equilibrado do agronegócio no estado de Rondônia, Boiada gorda As 11 unidades frigoríficas instaladas em Rondônia vistoriadas pelo Sistema de Inspeção Federal (SIF) estão abatendo uma média anual de 2,6 milhões de cabeças de bovinos, gerando negócios que batem na casa de R$ 5,2 bilhões, com o dólar nas estratosferas a carne exportada entesoura mais de U$$ 1,1 bilhão ao ano. Essa montanha de dinheiro que a pecuária faz circular em Rondônia, justifica os investimentos do governo do estado na sanidade do rebanho. As plantas frigoríficas registram aqui mais de 10 mil empregos diretos e outros tantos indiretos. Em números aproximados, na atualidade, isso pode variar entre 5 ou 6% para mais ou para menos, o rebanho confinado em Rondônia gira na faixa de 160 mil bois por ano. E tem mais...! Na sombra do boi gordo vem à soja, o milho, o café, o peixe, que abastecem os mercados internos e externos gerando rendas e tributos. As agroindústrias também são outro fator importante na economia do estado, uma vez que gera emprego nas áreas urbanas e rurais facilitando a vida de quem trabalha no campo. Neste momento de pandemia a presença da agricultura familiar tem uma participação importante no processo produtivo de Rondônia, ajudando a manter as famílias fixadas no campo evitando o êxodo rural. Acelerar o desenvolvimento Conhecendo a força do agronegócio e do setor do produtivo, o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) sugeriu ao governo federal que injete mais recursos para acelerar o desenvolvimento e recuperação das pequenas e micro empresas neste momento de pandemia. O senador Rondoniense tem como bandeira defender no Congresso Nacional as áreas produtivas acredita que se o governo colocar mais recursos nas mãos de quem produz, vai gerar efeitos positivos no combate a crise. Belo Gesto! Diante do cenário socioeconômico provocado pelo coronavirus, o Grupo Carrefour proprietário de uma das maiores redes de supermercados e distribuidora de gêneros alimentícios no País, decidiu apoiar os pequenos produtores rurais financeiramente, abrindo linhas de crédito direto aos seus mais de 28 mil fornecedores de frutas de legumes, geridos e administrados pela própria instituição. Já pensou se essa moda pega em Rondônia? Aguardando aprovação Para o Superintendente Estadual de Patrimônio e Regularização Fundiária (SEPAT), Constantino Erwen Gomes de Souza, aprovação pela Assembléia Legislativa de Rondônia do projeto para normatizar a regulação fundiária no estado, encaminhado pelo Poder Executivo é muito importante, uma vez que o estado terá condições para titular centenas de pequenas e médias propriedades rurais. O projeto tramita da Casa de Leis sem previsão para ser votado. Enquanto isso os pequenos produtores rurais continuam sem documentos de suas terras, ainda por cima são considerados invasores. Empreendedorismo rural e urbano O Superintendente do SEBRAE, Daniel Pereira anunciou uma parceria entre essa instituição e Ministério Público do Trabalho no valor de R$ 2 milhões para aquisição de material pedagógico para capacitar 60 mil alunos na educação empreendedora nas áreas rurais e urbanas. Os recursos já estão em caixa, para ser aplicados, todavia aguardam que o sistema de ensino volte à normalidade para dar andamento nos cursos em todo o estado de Rondônia. A ação é interessante principalmente aos jovens, depois que o coronavirus baixar a poeira. Estrago inevitável Mesmo que as informações divulgadas pela Anistia Internacional, sobre invasões de terras indígenas e criação de bovinos de maneira incorreta em áreas de preservação ambiental não sejam verdadeiras, que o desmentido da noticia pelo Secretário de Agricultura, Evandro Padovani esteja correto, o estrago na imagem do estado de Rondônia é inevitável. De qualquer forma, o episódio exige uma ação enérgica por parte das autoridades, afinal de contas, áreas indígenas e de preservação ambiental fazem parte da denuncia da Anistia Internacional, assim como o frigorífico JBS, grande exportador da carne produzida em Rondônia, quando o mundo todo está com o olhar voltado para Amazônia. Até a próxima Se um burro lhe der um coice, não dê outro coice no burro. Você é inteligente, pensa e raciocina. O burro, mesmo com ferraduras de ouro, na cabeça nada tem...! Fonte: José Luiz Alves Leia Também Guedes promete entregar primeira parte da reforma tributária na terça Vírus foi causa direta de 89% das mortes por covid-19 Com hospitais próximos do colapso, médicos de Bogotá pedem quarentena Momento de unir forças no agronegócio; Na sombra do boi gordo; O estrago na imagem de Rondônia ANS retira teste para covid-19 de lista obrigatória de cobertura Twitter Facebook instagram pinterest